sábado, 18 de junho de 2011

Implante eletrônico no cérebro pode melhorar a sua memória:


Uma das coisas que vimos em alguns filmes de ficção científica e que projetamos para o nosso futuro é a cirurgia de implante cerebral, que pode melhorar a nossa vida de várias formas. Seja para oferecer a visão aos deficientes visuais, ou para permitir que você consiga assistir as 10 temporadas da sua série preferida sem precisar de uma TV, implantar um chip para aumento da capacidade cerebral pode ser a solução de boa parte dos nossos problemas. E parece que estamos um pouco mais próximos dessa realidade.

Pesquisadores da Wake Forest University e da Universidade do Sul da Califórnia criaram um implante cerebral que ajuda a aumentar as funções do cérebro responsáveis pela memória. Essa inovação pode ser o passo inicial para o desenvolvimento de neuropróteres, que podem ajudar no tratamento de vítimas de demência, AVC e outras lesões cerebrais.

Embora ainda exista um longo caminho para que a tecnologia seja testada em seres humanos, o estudo mostra que, pela primeira vez, uma função cognitiva pode ser melhorada com um dispositivo que imita os padrões de comunicação dos neurônios. Nos últimos anos, chips semelhantes foram implantados em pessoas paralisadas, que conseguiam mover próteses ou um cursor do computador, através da força do pensamento.

Nesse novo projeto, os pesquisadores usaram as mesmas técnicas para ler a atividade neural de ratos de laboratório. Mas, dessa vez, eles traduziram os sinais internamente, para melhorar a função cerebral, ao invés de ativar funções do corpo.

Na série de experimentos, os ratos foram treinados para lembrar qual das duas alavancas idênticas eles deveriam pressionar para receber água. A tarefa era repetida, mas em cada rotina, eles tinham que lembrar qual alavanca apareceu primeiro, para fazer a mesma escolha em um momento posterior.

Para isso, os ratos tiveram uma matriz de pequenos eletrodos implantados em seu cérebro, em uma região próxima ao hipocampo, que é um setor fundamental para a formação de memórias recentes, nos ratos e nos humanos. Com isso, eles armazenavam a informação, e transmitiam o sinal para o computador, que mostrava que, conforme o progresso do experimento, a capacidade de memorização do rato aumentava.

Por fim, para efeitos práticos, os pesquisadores usaram uma droga para “desligar” o efeito do chip. Nos ratos que não estavam com o chip conectado, eles não conseguiam se lembrar qual alavanca deveria puxar para receber a água, e suas memórias recentes desapareciam em 40% após um tempo de distração. Já nos ratos com o chip, apenas 10% das memórias recentes eram perdidas, no mesmo período de distração.

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