A imponente cena do Juízo Final foi pintada por Michelangelo entre 1536 e 1541 para decorar a parede que se encontra atrás do altar da capela
O artista renascentista Michelangelo pode ter buscado inspiração em bordéis italianos para pintar algumas das formas e modelos dos afrescos da Capela Sistina, segundo teoria da estudiosa Elena Lazzarini em artigo publicado na sexta-feira (13/11), pelo jornal italiano Corriere della Sera.
De acordo com a estudiosa, muitos dos fiéis e dos condenados que fazem parte dos afrescos são retratados em situações obscenas. “Um condenado, por exemplo, é conduzido ao inferno agarrado pelos testículos além dos beijos e abraços ambíguos, claramente tendendo à homossexualidade.” E os corpos masculinos que compõem a pintura do Juízo Final lembram peões retratados durante o trabalho, com os músculos à mostra e com o cansaço e o esforço refletidos em seus rostos.
Conforme a especialista, os artistas renascentistas italianos frequentavam espaços como bordeis, que eram numerosos durante o século XVI na Itália e, em particular em Roma. “Eles frequentavam as casas de banho para tratamentos de beleza e de hidroterapia e, em alguns deles eram também pontos de prostituição masculina e feminina”, explicou.
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