Para os que querem emagrecer ou para quem é vegetariano, carne de soja pode não ser uma opção, devido ao gosto considerado ruim por muitos. O cientista japonês Mitsuyuki Ikeda criou em laboratório uma terceira via: a carne feita de excremento humano. Sim, você leu certo. Excremento.
Difícil não se chocar com o conceito do Dr. Ikeda, mas ele não criou a “carne” como um experimento. O cientista japonês quer que sua comida seja comercializada regularmente, vire um produto disponível a todos. Melhor explicar como a “carne de cocô” é feita: Ikeda pega placas de lodo do esgoto, que contêm muitas fezes humanas. Delas ele retira as proteínas e os lipídios, que passam por um processo intenso de calor no qual todas as bactérias vivas morrem. À mistura, é adicionado um intensificador de reação. Para que o produto final tenha gosto de carne, coloca-se proteína de soja e molho de carne (normal). O vídeo abaixo (em inglês) conta de forma bem resumida o processo todo.
Dr. Ikeda teve um motivo para desenvolver essa nova “carne”. Cientista membro do Centro de Avaliação Ambiental da cidade japonesa de Okayama, Mitsuyuki Ikeda quis inventar uma maneira de reciclar o uso de proteína para que a necessidade da carne bovina seja diminuída – o metano solto pelos animais em rebanho representa nada menos que 18% dos gases que causam o efeito estufa.
Ao fim do processo, a comida de Ikeda é formada por 635 de proteínas, 25% carboidratos, 3% de lipídios e 9% de minerais. Custa de 10 a 20 vezes mais que a carne normal que comparmos no açougue. Isso acontece porque o alto custo da pesquisa está embutido no preço do produto, mas a esperança de Ikeda é que ela passe a ser comercializada em larga escala e garante que terá o preço igual ao da “carne tradicional”.
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