O turco Mehmet Ali Agca, o homem que tentou matar o papa João Paulo II em Roma em 1981, disse em entrevista nesta quarta-feira (10) que a ordem de assassinar o pontífice partiu do próprio Vaticano.
Ele fez a declaração em entrevista em seu país natal, a Turquia, depois de sua libertação, no início do ano, após cumprir 30 anos de prisão pelo crime. A entrevista faz parte do processo de divulgação de um livro.
Ali Agca deixa a prisão em 18 de janeiro de 2010, em Ancara, na Turquia.
"O governo do Vaticano decidiu sobre o assassinato do papa", disse, segundo agências locais. "Eles planejaram e organizaram. A ordem de atirar no papa foi dada pelo secretário do Vaticano, o cardeal Agostino Casaroli."
Inicialmente, Agca havia afirmado que agiu sozinho.
A acusação de Agca é mais uma das várias e contraditórias que ele fez desde 1983, quando foi perdoado por João Paulo II, que o visitou na cadeia.
Agca, de 52 anos, sofre de problemas mentais, segundo analistas. Em nota após a libertação, ele disse que é "o segundo Jesus Cristo" e que está "reescrevendo a Bíblia".
Anteriormente, ele tinha dito que tinha conexão com um grupo palestino e depois culpou o serviço secreto da Bulgária pela tentativa de assassinato.
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