segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Análise filosofica - 2001 Uma Odisséia no Espaço:

O filme 2001: Uma Odisséia no Espaço é um marco do cinema em muitos aspectos: visual, artístico, filosófico, cinematográfico, publicitário, sociológico, etc. Para muitos críticos é considerado um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos. E sua fama não é à toa. Escrito, dirigido e produzido durante 5 anos por Stanley Kubrick, 2001 foi lançado em abril de 1968, a tempo de predatar em mais de um 1 ano a ida do Homem à Lua com o máximo de fidelidade possível (não há som das naves, já que o som não se propaga no espaço). Foi baseado nas obras de Arthur C. Clarke, The Sentinel e 2001: A Space Odyssey, esta última escrita simultaneamente às filmagens: Enquanto Kubrick trabalhava em cima do roteiro, Clarke escrevia o livro, com ambos trocando idéias e opiniões durante o trabalho.

Kubrick foi uma influência para os mais famosos diretores, entre eles Martin Scorsese, Steven Spielberg e Ridley Scott. Diz-se que Spielberg passou muitas horas assistindo 2001 enquanto filmava "Contatos Imediatos do 3º grau". James Cameron chama 2001 de "um filme que não deveria funcionar, mas funciona". Star Wars tem elementos chupados diretamente de 2001, como a plataforma de chegada da Estrela da Morte, as naves meio sujas (como se tivessem sido usadas realmente), a cápsula de fuga dos andróides, a respiração amplificada de Darth Vader e a abertura com o cruzador imperial enchendo a tela, que nos remete diretamente à primeira aparição da nave espacial Discovery


EFEITOS ESPECIAIS

Numa era onde não existia computadores pra fazer efeitos visuais, os cineastas tinham de suar a camisa fazendo efeitos ópticos com truques de múltipla exposição no negativo. Kubrick se envolveu diretamente nesses efeitos, mas o gênio por trás deles foi Douglas Trumbull, tanto que foi ele quem levou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais de 1968. Foi o único Oscar que o filme 2001 ganhou (concorria também a Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor).

Com tempo e dinheiro ao seu dispor, Kubrick sempre foi perfeccionista na busca da melhor imagem possível, e no caso dos efeitos ópticos ele foi ao extremo de fazer as exposições no negativo ORIGINAL, tendo alguns negativos levado mais de um ano na geladeira pra ser exposto novamente, o que significa que um errinho e lá se vai 1 ano perdido. O resultado é uma imagem brilhante, inclusive para os padrões de hoje.


MÚSICA

2001 foi inovador também no uso de músicas clássicas conhecidas do público. De início, o filme teria uma trilha especialmente escrita por Alex North (que fez com Kubrick o filme "Spartacus"), mas, enquanto editava o filme, Kubrick usou música clássica pra dar o clima, e gostou tanto do resultado que o manteve no produto final. Só esqueceu de avisar ao pobre Alex, que só soube que não tinha a música dele ao ver o filme (bad karma, Kubrick!). Graças a Deus Kubrick optou por usar os grandes mestres, pois imagine a abertura do filme sem o "Assim falou Zaratustra", de Richard Strauss. Imaginou? Não? Então aqui vai uma ajudinha: a abertura do filme com a trilha do Alex. Parece música de filme bíblico, extremamente datado, com a maior cara de "made in Hollywood".

No livro de Clarke vemos que as estações orbitais carregam ogivas nucleares, e (coincidentemente ou não) a música que embala as cenas na estação espacial é a valsa "Danúbio Azul", que ironicamente é o nome da primeira bomba atômica inglesa. São pequenos detalhes que tornam assistir a este filme mais prazeroso.

Creio que muitos aqui devem conhecer a estranha sincronicidade que há entre o álbum de Pink Floyd "The dark side of the Moon" e o filme "O mágico de Oz" (algo pra ser visto tomando Fanta Uva, no less). Essa coincidência é totalmente inexplicável e creio que todos concordam que não dava pra fazer naquela época (eis o mistério da fé). Mas há outro mistério envolvendo músicas de Pink Floyd e filmes, desta vez com 2001. Corre uma lenda que Kubrick queria que Floyd (o grupo, não o personagem) fizesse parte da trilha sonora. Por algum motivo, o grupo não aceitou. Três anos depois surge o álbum "Meddle", com a música "Echoes", que traz uma estrutura que é impressionantemente ajustada às cenas do capítulo "Júpiter e Além", inclusive na duração! Curtam a viagem que é ouvir Pink Floyd aliado às imagens psicodélicas do segmento final de 2001:

A banda nega que tenha feito isso propositalmente, mas na biografia "Saucerful of Secrets: A Pink Floyd Odyssey", de Nicholas Schaffner, Roger Waters é citado dizendo que seu maior arrependimento foi não ter feito a trilha sonora de 2001. Que eu saiba só se arrepende de algo quem teve a oportunidade, senão seria seu "maior sonho" ou algo assim.


ANÁLISE DO FILME

Como o filme é cult, muita gente que assiste fica sem coragem de dizer que não gostou, não entendeu e que achou tudo chato e lento demais. Mas não se preocupe: você não está só. 2001 não é um filme pra ser apreendido de uma vez só. Sir Arthur Clarke confirma: "Se alguém entender 2001 de primeira, nós teremos falhado. Quisemos levantar muito mais questões do que respondê-las". Sem dúvida é um filme autoral, que não procura agradar a platéia e sim expressar uma idéia de forma nunca antes vista no cinema:
Eu tentei criar uma experiência visual, que se desviasse do campo das palavras e penetrasse diretamente no subconsciente com um teor emocional e filosófico... Projetei o filme para ser uma experiência subjetiva intensa, que atinja o espectador num nível profundo de consciência, exatamente como a música faz... Você está livre para especular como quiser sobre o sentido filosófico e alegórico do filme.
Stanley Kubrick

Pra ajudar na compreensão do filme (lembrando que não dá pra dizer "o filme É sobre determinado assunto") e fazê-lo apreciar um pouco mais esta obra (recomendo MUITO ver - e rever - em alta definição, disponível em Blu-ray e torrents) segue abaixo um resumo, baseado em vários pontos-de-vista sobre o filme, que fui descobrindo na internet. Se você ainda não viu o filme e pretende vê-lo, não recomendo ficar com essa concepção na cabeça (o ideal é ver primeiramente o filme "desarmado" de idéias).


ABERTURA

Vemos logo de cara um belo alinhamento do Sol, Lua e Terra. Tal alinhamento planetas se repete nas outras vezes que o monolito aparece. O Sol tem um destaque especial durante todo o filme, pois ele simboliza a idéia de "renascimento" (que é um tema recorrente no filme) nas mais diversas culturas, e por conta disso não é forçoso dizer que há oculto (de cabeça-pra-baixo) na imagem-título do filme uma insinuação a um ícone pagão, o símbolo do Deus Cornífero da Wicca que, não por acaso, simboliza a morte e renascimento, e que em seu aspecto celeste é representado pelo Sol.


A AURORA DO HOMEM

O nome em inglês é THE DAWN OF MAN, que tanto pode ser traduzido como "o surgimento do homem", ou como "o amanhecer da humanidade" (numa linguagem mais poética). E logo nas primeiras cenas vemos o nascimento e ascenção do Sol na pré-história. O futuro ser humano nada mais é que um macaco, herbívoro e vulnerável aos perigos do habitat selvagem. Há uma "briga" entre dois grupos de macacos por um poço d'água, onde um dos grupos ganha literalmente no grito. O grupo perdedor se refugia num buraco pra passar a noite. Ao amanhacer, eles vêem um monolito negro bem na frente deles, e o grupo se junta para tocá-lo/admirá-lo. Vê-se a imagem do alinhamento do monolito com o Sol e a Lua (que poderia nos remeter novamente ao símbolo Wicca, mas com o Sol pela metade e ainda distante da Lua).
Numa das cenas mais marcantes do cinema, o macaco descobre (num lampejo de consciência que é claramente associado ao monolito) o poder da ferramenta (o osso).

Ele usa a ferramenta pra matar. Primeiro para se alimentar, e depois pra posse dos recursos naturais. Durante o confronto com o grupo rival o macaco inimigo é morto com toques de sadismo. Ao usar o osso como ferramenta pra matar, vemos o macaco sentir a consciência de poder, de força, de domínio, que, combinados com a intimidação, caracterizam o macho-alfa até hoje (praticamente com o falo na mão, como o macaco lá com o osso). Está aí o protótipo do ser humano. Entretanto, não fosse por ele não existiríamos enquanto espécie. O que nos leva ao maior corte da história do cinema, onde a história avança milhões de anos em 1 segundo com a câmera indo do osso rodopiando do céu para uma nave flutuando no espaço, resumindo brilhante e cinicamente a história da humanidade.


A ESTAÇÃO ESPACIAL

Vemos aqui os países integrados na exploração espacial, com naves de várias nacionalidades (vê-se as bandeiras alemã e chinesa em duas delas). A caneta flutuando na gravidade zero nos remete inconscientemente ao osso flutuando no ar, e nos lembra que agora "a caneta é mais forte que a espada". A força bruta não é mais necessária, dando lugar à diplomacia, que se traduz na aparentemente amistosa conversa com os russos dentro da estação. Mas logo percebemos que o cientista Heywood Floyd esconde um segredo, do qual os russos desconfiam e mal conseguem esconder sua curio/animosidade. Comentaristas chegam a apontar essa cena como uma reprise "versão guerra fria" da briga pré-histórica pelo poço d'água (coincidência ou não, os participantes conversam ao redor de uma mesa circular com copos d'água).


NA LUA

Descobrimos que um objeto foi enterrado deliberadamente na Lua há 4 milhões de anos. Por quem, nunca saberemos. É o monolito negro, o mesmo que apareceu para os macacos na pré-história. Em outra cena brilhante, Floyd toca o monolito com a mesma admiração que seu antepassado. Através do livro de Arthur Clarke temos uma explicação mais detalhada para o que acontece em seguida: A luz do Sol toca o monolito pela primeira vez (ele foi escavado durante os 14 dias de noite lunar), e então ele emite um poderoso sinal de rádio, que interfere com os comunicadores dos astronautas, provocando um zumbido intermitente. Verifica-se também o mesmo alinhamento da pré-história, agora com a meia-lua (desta vez representada pela Terra) mais próxima do Sol.

MISSÃO JÚPITER: 18 MESES DEPOIS

Estamos agora na nave Discovery 1, rumo a Júpiter, em busca do destino do sinal de rádio. Vemos o astronauta Frank Poole correndo em círculos, no que parece uma versão gigante e futurista de uma roda para ratos. De fato, os humanos na nave são meros passageiros/prisioneiros, pois quem controla tudo na verdade é o computador HAL 9000. A sigla HAL é uma "homenagem" (na verdade uma crítica) à empresa de computadores IBM (mova cada letra uma posição no alfabeto pra trás e você terá HAL). Na época em que o filme foi feito a IBM era mais poderosa e influente do que a Microsoft e a Google JUNTAS.
HAL é um dos símbolos que remetem ao livro "A odisséia", de Homero (além, claro, do próprio título do filme). Mais especificamente, HAL é uma alusão ao cíclope, um dos adversários de Ulisses na saga

É algo notável que o computador HAL demonstre no filme mais emoções do que os próprios tripulantes. Enquanto os astronautas ficam apáticos a maior parte do tempo, HAL traz em sua monótona fala um certo orgulho de ser infalível, e mais adiante medo e ansiedade por ser desligado. Isso aparenta ser uma crítica velada ao aprisionamento do homem às condições impostas pelas máquinas, e a perda da humanidade decorrente disso. Poderíamos culpar os atores, ou mesmo o diretor por essa falta de emoção dos personagens, mas o fato é que essa aparente falta de vitalidade encaixa sutilmente no contexto de todo o filme. Vejam só, no início os atores vestidos de macaco são muito mais expressivos do que os atores "humanos". Isto porque no futuro o ser humano está engessado pela tecnologia em um ambiente séptico, sem cor, sem arte. Isso é reforçado pelos diálogos bobos e aparentemente inúteis. Apenas numa examinada atenta (e posterior) pode-se extrair o que Kubrick queria passar com eles: No diálogo de Heywood Floyd com a filha vemos que a mãe não está em casa, e o pai se desculpa por não poder ir ao aniversário da menina. Na conversa com os russos mais uma vez vemos a separação familiar, com a russa no espaço e o marido na Terra, trabalhando no fundo do mar (ambos isolados do seu habitat original!). E, dentro da Discovery, o astronauta Frank Poole recebe pelo videofone os parabéns dos familiares sem esboçar a menor reação, numa transmissão pré-gravada, onde a comunicação está cada vez mais comprometida por conta das imensas distâncias. O aniversário é normalmente um tempo para celebrar o próprio nascimento, a alegria da vida. É também uma ocasião para introspecção e reavaliação, numa espécie de renascimento: Não importa como as coisas foram ontem ou no ano passado, nós sempre temos a capacidade de tentar de novo. Assim, a incapacidade de celebrar apropriadamente os aniversários pode refletir no filme a incapacidade do homem de se repensar (e se recriar) como dono da sua própria vida.

Durante a viagem, o computador acusa uma falha na unidade de comunicação. Ao averiguar a falha, percebe-se que a unidade estava funcionando bem, o que significa que o computador HAL aparentemente está com alguma falha. Os tripulantes cogitam desativar HAL. Para se proteger (e, na lógica dele, proteger a missão) HAL mata a maioria dos tripulantes. Entretanto, o astronauta David Bowman (Dave) consegue desligá-lo. Bem, esse é um resumo rápido da história. Agora vamos à análise desta parte do filme:

Muitos interpretam o comportamento de HAL como uma falha (causada não se sabe porque, talvez pela influência do monolito?), mas há pistas que indicam que HAL poderia estar jogando com os astronautas da mesma forma que ele aparece jogando xadrez, e esta é uma cena reveladora. Kubrick era amante de xadrez, e colocou HAL jogando com o astronauta Poole uma partida que realmente aconteceu em 1910, entre Roesch e Willi Schlage. Acontece que HAL faz o movimento correto, mas diz de forma errada: "Rainha para bispo 3", quando o correto seria "Rainha para bispo 6". Um erro bobo de um computador pirado, um deslize de Kubrick ou um teste sutil de HAL pra ver se Poole perceberia?

A idéia do teste é importante porque é verbalizada e confirmada pelo HAL na próxima cena, onde ele pergunta (como quem não quer nada) a David sobre os rumores cincundando a missão, e o que ele achava disso. Só que David desconfia e responde com outra pergunta: "isso faz parte do nosso teste psicológico, não é?". Ao que HAL confirma, tira por menos ("é uma coisa boba"), dá uma "travadinha" e depois acusa o tal erro na unidade de comunicação. Erro, ou apenas outro teste? É importante lembrar que, após o desligamento de HAL, uma mensagem em vídeo pré-gravada diz que o computador só tomou conhecimento dos parâmetros da missão no meio da viagem, pra depois informá-la aos tripulantes quando estes chegassem a Júpiter. Então essa mudança de comportamento de HAL pode muito bem ter sido uma reação ao conhecimento da relevância da missão, e que os astronautas precisariam estar à altura dela.
Notem o modo como cada astronauta reage à notícia de que HAL pode ter cometido um erro. Poole fecha a cara e cruza os braços. David inicialmente fica sem expressão, mas depois faz cara de "tudo bem" pra HAL (com sorrisinho e tudo) e inventa uma mentira pra poder falar em privado com Poole. Pra um computador que lê lábios e reconhece desenhos, é fácil perceber o descontentamento de Poole. Nunca saberemos, mas o modo como Poole se conforma com a derrota no xadrez sem perceber o erro de HAL pode ter feito do astronauta, na avaliação do computador, o elo fraco da missão. Nota-se o orgulho cego de HAL pela infabilidade quando, confrontado com o relatório do seu "irmão gêmeo" na Terra de que não havia defeito na unidade, HAL responde: "Falha humana. Isso já ocorreu antes, e sempre foi devido a falha humana". A superconfiança e o desdém de HAL para com os humanos fez da tripulação algo descartável, em face da ameaça de desativação.

Uma cena em especial é particularmente desabonadora pra IBM: quando David está do lado de fora da Discovery, querendo entrar, HAL mostra sua verdadeira "face", ao dizer: "não posso permitir que você ponha em risco a missão". Uma dentre várias imagens dos mostradores da nave é refletida na cara de David:
Se você não conseguir ler aqui IBM, aposto que seu subconsciente o fez. Na verdade as letras são MEM, que aparecem no visor de vez em quando, mas no reflexo o primeiro M está tão distorcido que forma um I, e o E embaçado lembra um B. Considerando tudo o que falamos aqui, dificilmente isso seria uma mera coincidência. Pra quem não sabe a IBM é famosa por ter duas-caras: na ascenção de Hitler ao poder - e mesmo durante a guerra - a IBM forneceu seus serviços pra Alemanha nazista, e sua tecnologia e know-how foram usados pra catalogar e localizar os judeus que seriam exterminados e para a organização do trabalho escravo em campos de concentração.

Uma vez lá dentro da Discovery, a câmera de Kubrick (até então estável e com movimentos suaves) está "solta", agitada. David agora já não esconde sua expressão e podemos considerar como representação visual deste momento de mudança de mentalidade a troca de cor do capacete de David:
Nesta tomada específica vemos o capacete vermelho sendo deixado pra trás

Pra mim a desativação de HAL foi o momento mais marcante (traumatizante?) de 2001, da primeira vez que vi. Isso graças a dublagem brasileira (a clássica da TV, não a do DVD) que, posso dizer com confiança, é melhor que as vozes originais. A voz brasileira do HAL, feita por Márcio Seixas, é inesquecível: grave, mas terna, suave, agradável e calma como uma canção de ninar. E quando ele pede por sua "vida" e começa a cantar dá uma inversão de sentimentos e valores que é perturbadora (afinal, ele é o "cara" mau!). HAL volta ao momento do nascimento (olha o tema "renascimento" aí!) e repete o que disse na sua primeira apresentação. Aliás, pra quem tinha dúvida de que a sigla não é apenas uma coincidência com a IBM, HAL diz nessa cena que foi construído em Urbana Illinois e instruído pelo Sr. Langley, e então canta a música Daisy Bell. Na vida real o primeiro computador a ter sintetizador de voz foi o IBM 704, construído em 1962 no centro de pesquisa Langley, em Urbana Illinois. E a primeira música que ele cantou numa demonstração foi... (adivinhem) Daisy Bell, e Arthur Clarke estava lá pra ver e ouvir isso.

Uma coisa que só se percebe no inglês é o uso recorrente por HAL do termo "I'm afraid" (literalmente "eu estou com medo"). Num uso ultra-polido, este termo é entendido como "Receio que", pra negar alguma coisa a alguém polidamente (I'm afraid I can't do that" - "Receio que não possa fazer isso"). Mas, ao ser desativado, HAL usa esse termo indicando MEDO, de fato. E Kubrick pareceu querer reforçar isso pelo uso sistemático desse termo, inclusive por David, quando cogitam desligar HAL. Foi por MEDO de comprometer a missão que HAL matou a tripulação? Teria sido por MEDO de admitir sua própria falha que HAL escondeu que errou ao informar o defeito? Não foi por MEDO que os astronautas quiseram desligar HAL? Enfim, esse é apenas mais um nível em que o filme pode ser analisado.


JÚPITER E ALÉM
Mais uma vez os planetas se alinham...
e mais uma vez a lembrança do símbolo do Deus cornífero

Essa é a parte mais maluca do filme, onde David deixa a Discovery numa cápsula e embarca numa viagem intergalática até a PQP. Interpretações aqui são altamente subjetivas - se me disserem que é um experimento dos EUA com hipnose em massa eu acredito - mas a teoria mais interessante é a de que as imagens surreais que inundam a tela fazem referência - num nível subconsciente - a criação da vida no útero. Se formos analisar num aspecto Freudiano, a nave Discovery (um grande falo) ejeta pela "cabeça" a cápsula de uma forma diferente das demais, como se tivesse cuspindo-a (ou ejaculando-a, como queira). Entramos então por uma fenda vertical (oh, yes!) e, dentre as várias imagens fluidas que também lembram galáxias sendo criadas, tem pelo menos duas que não precisam de muita imaginação pra serem interpretadas:
Que esse troço lembra um feto, lembra
Preciso dizer alguma coisa?

Ao fim da sucessão de imagens aquosas e orgânicas aparecem 7 objetos lapidados em forma de Octaedros (um dos sólidos platônicos, este relacionado ao ar). Seriam estas naves extraterrestres, escoltando David através de um portal? Seja como for, elas encerram a parte da viagem através das luzes.

A viagem continua por uma superfície rochosa, entrecortada por rios e mares, até que David chega (do nada) a uma sala totalmente decorada com mobília da era da renascença (olha a referência a renascimento aí de novo) e quadros com cenas bucólicas da natureza. Apenas o chão retroiluminado (igual ao teto da estação espacial) alude a uma época futurista.

Em cenas que alternam pontos de vista, David vê a si mesmo como uma outra pessoa, progressivamente mais velho. Poderíamos interpretar essa sequência no quarto como uma desintoxicação da dependência das máquinas, já que ele se desfaz da roupa de astronauta e poderíamos inclusive retomar a idéia do capacete verde, porque a mesa é verde e, na cena do leito de morte, aparece um largo espaldar verde circundando a área da cabeça de David:
A fase final antes do renascimento

Quando David quebra a taça de vinho é que ele atinge um nível de consciência mais elevado. Na tradição judaica quebra-se um cálice ao fim da cerimônia de casamento. Há vários significados, mas um deles é que isso simboliza uma nova vida, um mudança de forma para todo o sempre, ou seja, de dois indivíduos passam a ser um casal. É possível traçar um paralelo da cena de David olhando para a taça com o macaco olhando para os ossos:

Da cama, David vê o monolito, e faz um gesto de tocá-lo que lembra muito a pintura "A Criação de Adão", que o mestre renascentista Michelângelo fez no teto da Capela Sistina:

David transforma-se então num feto, com um brilho no olhar (sinal de iluminação?). A câmera se aproxima do monolito, como se fôssemos transportados do local para a escuridão do espaço, de onde o feto - chamado no livro de "Starchild" ("criança estrelar") - contempla o planeta Terra do alto, para depois mirar bem dentro de nossos olhos com um olhar perturbador que mescla sabedoria/velhice e inocência/infância.

Com a palavra, Kubrick: "Alguém disse que o Homem atual é o elo perdido entre os macacos e o Homem civilizado. Pode-se dizer que essa é a história de 2001, também. Nós somos semi-civilizados, capazes de cooperação e afeição, mas precisando de alguma forma de transfiguração em uma forma de vida mais elevada. Agora que alcançamos o poder de exterminar toda a vida na Terra, será preciso mais do que cooperação e planejamento pra evitar alguma catástrofe. O problema existe enquanto o potencial existe; e o problema é essencialmente moral e espiritual." São sentimentos que evocam a mensagem que outro genial cineasta nos legou:
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Charles Chaplin

Lembro que vi 2001 pela segunda vez nas primeiras horas do ano 2001 (uma sacada de mestre da Rede Globo!). Foi uma experiência mágica, como se um portal tivesse se aberto naquele instante, e que aquele era o ano certo pra que esse filme fosse visto, como se só então uma mensagem oculta fosse ser revelada à humanidade. Eu não conseguia desgrudar os olhos da TV, e quando terminou foi como se minha vida tivesse sido mexida, novamente... muito já tinha acontecido até então, pois 1 ano antes eu tinha começado a vislumbrar coisas no céu que nunca havia cogitado ser possível, e nessa mudança de paradigma o filme caiu como uma luva... ELES estão nos guiando para a evolução... sabe-se lá para onde. Meio assustador isso. Mas, enfim, é apenas minha interpretação e, como vimos, há muito mais neste filme além disso.

Kubrick não quis limitar o escopo de seu filme. Ele disse: "Como poderíamos apreciar a Mona Lisa se Leonardo da Vinci tivesse escrito embaixo do quadro: 'A mulher está sorrindo porque ela esconde um segredo do seu amado'. Isso iria acorrentar o espectador à realidade, e eu não quero que isso aconteça com 2001. Eu trabalhei de forma que nada importante é dito nos diálogos, e que qualquer coisa importante no filme seja traduzida em termos de ação. Um roteiro é a forma de escrita menos comunicativa já feita." Mas quem expressou melhor a relação com o filme foi o ator Keir Dullea, que interpretou o David Bowman: "Se você vê um quadro de Picasso, é importante saber o que Picasso queria ou é mais importante sua relação com ele, sua reação emocional a ele?"

A comparação de Kubrick com Leonardo ou Picasso não é pouco modesta. Embora ele não fosse genial em outras disciplinas, como Da Vinci, na arte de fazer filmes Kubrick deixou sua marca indelével. Por isso esta pequena homenagem - que ele certamente não aprovaria - ao filme mais conhecido e enigmático dele. Rest in peace, you crazy diamond.

(Fonte Saindo da Matrix)

Artista chinês é conhecido como 'homem invisível'

O chinês Liu Bolin, de 38 anos, é conhecido como "homem invisível". Usando camuflagem, o artista asiático consegue ficar praticamente oculto na frente dos mais diferentes objetos. Com a ajuda de dois assistentes, Bolin usa pinturas para criar a aparência invisível.
Liu Bolin posa na frente de prateleira de refrigerantes.Bolin usa pinturas para criar a aparência invisível
Liu Bolin, de 38 anos, é conhecido como homem invisível.

Chinês consegue encher balões com o ouvido:

O chinês Zhang Xijiang, de 36 anos, tem um talento incomum. Ele consegue encher balões e até câmaras de pneu de bicicleta com o ouvido. Quando Zhang era criança, seus pais chegaram a ficar preocupados com o fato de o filho conseguir "respirar" pelo ouvido, mas os médicos não encontraram nenhum problema, segundo o jornal inglês "Daily Telegraph".

Novas pesquisas com DNA revelam duas espécies de animais onde antes só havia uma:

Há 100 mil anos, o planeta tinha um dono, o elefante. Dezenas de espécies de paquidermes habitavam os cinco continentes. Europa e Sibéria eram o território do mamute-lanoso. A América do Norte pertencia ao mamute-americano e ao mastodonte. A América do Sul, aos mastodontes e a seus primos, os gonfotérios. Havia uma espécie de elefante-anão em cada ilha do Mediterrâneo, de Chipre e Creta à Sardenha e à Sicília. Em Timor e na Ilha das Flores, na Indonésia, viviam primos distantes dos elefantes, os estegodontes. O mundo pertencia aos paquidermes. Sua supremacia começou a acabar há 100 mil anos, quando o primeiro Homo sapiens pôs os pés fora da África.
Caçadores implacáveis, nossos ancestrais trataram de dizimar e devorar os paquidermes que achavam no caminho. Os mamutes se foram há 20 mil anos. Há 10 mil anos foi a vez dos mastodontes e gonfotérios sul-americanos e dos estegodontes indonésios. O último elefante-anão foi comido em Rodes há 4 mil anos. Na época, as manadas remanescentes na China desapareceram. Restaram duas espécies apenas: o elefante-asiático (Elephas maximus) e o elefante-africano-da-savana (Loxodonta africana). Ou assim se pensava. A comparação do DNA de duas espécies extintas, o mamute-lanoso e o mastodonte-americano, ao DNA dos elefantes atuais revelou a existência de uma terceira espécie viva: o elefante-africano-da-floresta (Loxodonta cyclotis).

Desde que foram descobertos há meio século, os elefantes da floresta tropical da bacia do Congo eram considerados uma subespécie do elefante-africano. Menores, os elefantes-da-floresta têm orelhas arredondadas, cinco unhas na pata dianteira e quatro na traseira (o elefante-africano tem quatro e três, respectivamente). Apesar das diferenças, o paquiderme da floresta consegue cruzar com o da savana, daí a persistente dúvida dos zoólogos sobre sua verdadeira identidade. A descoberta da nova espécie, anunciada em dezembro na revista PLoS Biology, é uma consequência direta do refinamento da genômica, a união da genética à computação.

Muita coisa mudou desde o anúncio do genoma humano, em 2003. Centenas de geneticistas levaram dez anos para mapear os 3 bilhões de letras do nosso DNA, ao custo de US$ 5 bilhões. Hoje, a tarefa seria feita por alguns geneticistas em 12 meses, por US$ 50 mil – ou uma centena de milésimo. Essa fenomenal economia de escala está transformando a biologia, fazendo-a retornar às origens, como ciência que nasceu, no século XVIII, para classificar os seres vivos segundo suas semelhanças e diferenças anatômicas. Usando a genômica como ferramenta, os biólogos do século XXI encaram o desafio de mapear a diversidade da vida.

Não passa uma semana sem o anúncio de um novo genoma. Depois dos elefantes, foram anunciados na semana passada os genomas de duas espécies de orangotango: de bornéu e de sumatra. Os orangotangos são nossos primos em terceiro grau, parentes mais afastados que gorilas e chimpanzés. Os dois genomas foram mapeados a partir de células de cinco orangotangos-de-bornéu e seis de sumatra. O estudo, publicado na revista científica britânica Nature, mostra que as espécies se divergiram há 400 mil anos. O que chama a atenção dos geneticistas é a tremenda diversidade genética existente entre os orangotangos. “Detectamos uma diversidade profunda tanto entre os orangotangos-de-bornéu quanto nos de sumatra”, diz Devin Locke, o líder do estudo, da Universidade Washington, em Saint Louis. A diversidade é importante, pois eleva a chance de populações se manterem saudáveis e se adaptarem a mudanças ambientais. “O orangotango é muito mais diverso, geneticamente falando, que o ser humano.” O estudo mostrou que o ancestral comum de humanos e orangotangos viveu há 12 milhões de anos, o dobro do tempo do ancestral que dividimos com o chimpanzé. Descobriu-se também que compartilhamos com os orangotangos 97% do DNA, em relação aos 98,5% com os chimpanzés.

A comprovação genética das novas espécies de elefante e orangotango tem outro precedente. Seu protagonista é a pantera-nebulosa, o mais esquivo dos felinos, um gato de 60 quilos que vive na Malásia e na Indonésia. Em 2007, a pesquisa de suas células revelou a existência não de uma, mas de duas espécies: a da Malásia e a que vive nas ilhas de Bornéu e Sumatra.

Americana busca cura para crescimento descontrolado de músculos:


Uma doença rara fez com que os músculos de uma americana de 55 anos crescessem espontaneamente. Ela foi identificada como portadora de uma doença rara pelo Programa de Doenças Não Diagnosticadas (UDP, na sigla em inglês).

Depois de passar por médicos de 13 especialidades diferentes, a perita em contabilidade Sally Massagee foi aceita no programa e diagnosticada com amiloidose, uma enfermidade que afeta oito em cada um milhão de pessoas.

A doença faz com que células da medula produzam uma proteína anormal que vai para o sangue e se aloja em diferentes órgãos, provocando problemas diversos. No caso de Massagee, a proteína se alojou nos músculos e fez com que eles aumentassem de tamanho.

'Fisiculturista'
Sally Massagee percebeu que seus músculos começavam a crescer de maneira anormal por volta do ano de 2001. Em consultas de rotina, ela perguntava aos médicos por que seus músculos enrijeciam com frequência, e recebia respostas evasivas.

'Eles não sabiam o que responder, diziam que era provavelmente o meu corpo mesmo', Massagee disse à BBC.

Somente ao analisar um raio X que ela fez para tratar um esporão ósseo (crescimento anormal do osso nas bordas de uma articulação) é que o ortopedista de Massagee percebeu que havia algo errado com seus músculos.

Mesmo assim, o único conselho do médico foi que ela fizesse alongamentos diários, que não diminuíram o incômodo.

Massagee sentia dores frequentes por causa da dureza dos músculos

'O crescimento ficou mais rápido. Logo, as pessoas achavam que eu estava indo para a academia ou tomando anabolizantes', disse. 'Perguntavam se eu era fisiculturista ou personal trainer. Até os médicos pensavam isso.'

O músculos de todas as partes do corpo da contadora, até mesmo dos olhos, aumentaram de tamanho. Ela tinha dores constantes e dificuldades para andar, ficar em pé por muito tempo ou levantar os braços até o pescoço.

'Como o músculo da língua também cresceu muito, passei a ter problemas para respirar e engolir. Achei realmente que iria morrer.'

Seguindo o conselho e um dos seus médicos, Massagee chegou a marcar uma cirurgia no cérebro para a retirada da glândula pituitária, mas desistiu. Ela descobriu o Programa de Doenças Não Diagnosticadas através de um amigo e foi selecionada em 2009.

Solução
Dois meses após a primeira semana de exames no hospital do Instituto Nacional de Saúde, sede do UDP, a americana voltou para mais testes. Em maio de 2009, ela foi diagnosticada.

Depois do diagnóstico, Massagee foi encaminhada para uma clínica que desenvolve estudos sobre a doença, e fez um transplante de células-tronco. Agora, aguarda a recuperação completa.

'Sinto os músculos menos duros e consigo até jogar tênis, mas ainda não tenho a mesma mobilidade que antes', conta.

O médico geneticista William Gahl, diretor do Programa de Doenças Não Diagnosticadas, também cuidou pessoalmente do caso que, afinal, não trouxe à luz uma doença ainda desconhecida e sim uma manifestação nova de uma condição que já existe.

Mesmo assim, Gahl acredita que o caso foi bem escolhido. 'Queremos encontrar novas doenças, mas também aprendemos quando encontramos uma doença já conhecida com uma nova apresentação. É sempre um aprendizado.'

domingo, 30 de janeiro de 2011

Qual é a cor do seu cérebro?:


Teste desenvolvido com exclusividade pela pesquisadora Sheila Glazov revela a cor do seu cérebro

Faça o teste aqui.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O Apanhador no campo de centeio:


O escritor J.D.Salinger é um desses eremitas excêntricos (o outro é THOMAS PYNCHON) que existe na literatura americana. Ele não dá entrevistas, não se deixa fotografar e, recentemente, também parou
de escrever. E ninguém é mais genial do que um escritor que não escreve, certo?

O Apanhador no Campo de Centeio, romance mais famoso de Salinger, retrata as dúvidas e fantasias de um adolescente dos anos 1950. Embora escrito num tom lacrimoso de auto-ajuda (ou, talvez, exatamente por isso), o livro virou cult no mundo inteiro. O curioso é que a obra de Salinger foi achada na casa de dois notórios malucos:
Mark Chapman, o assassino de John Lennon, foi encontrado pela polícia quando lia tranqüilamente O Apanhador no Campo de Centeio.
John Hincley Jr., o homem que atirou no presidente americano Ronald Reagan para supostamente chamar a atenção da atriz Judie Foster, também tinha um exemplar do livro de Salinger em casa.

Teóricos da conspiração acreditam que o romance é um gatilho mental para matadores pré-programados.

A missão ficaria “adormecida” na mente do assassino, como uma espécie de vírus de computador psíquico, até que ele lesse o livro e acionasse a programação.

Coincidências (ou não) Lincoln-Kennedy:


Abraham Lincoln foi eleito para o congresso em 1846
John F. Kennedy foi eleito para o congresso em 1946

Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860
J.F.K. foi eleito presidente em 1960

Os nome Lincoln e Kennedy tem 7 letras

A esposa de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca
Ambos os presidentes foram baleados numa sexta feira

A secretaria de Lincoln se chamava Kennedy
A secretaria de Kennedy se chamava Lincoln

Ambos os presidentes foram assasinados por sulistas
Ambos os presidentes foram sucedidos por sulistas

Ambos os sucessores se chamavam Jonhson
Andrew Johnson que sucedeu a Lincoln nasceu em 1839
Lyndon Johnson que sucedeu a Kennedy nasceu em 1939

Ambos os assasinos eram conhecidos pelos seus tres nomes

Os nomes de ambos os assasinos tem 15 LETRAS

Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado em um deposito
Oswald saiu correndo de um deposito e foi apanhado em um teatro

Booth e Oswald foram assasinados antes de seu julgamento

E a parte mais estranha

Uma semana antes de Lincoln ser morto, ele estava em Monroe,Maryland
Uma semana antes de Kennedy ser morto ele estava em Monroe,Maryland

Lincoln foi morto na sala Ford,do teatro Kennedy
Kennedy foi morto num carro Ford ,modelo Lincoln

Acidente devolve mobilidade a atleta holandesa:


Se há males que vêm por bem, o caso de Monique Van der Vorst é exemplo disso. Paraplégica desde a adolescência depois de complicações devido a uma operação, voltou a recuperar este ano a mobilidade nas pernas após ter sido atropelada em Maiorca, na Espanha, quando treinava para o triatlo.

O caso surpreendeu os médicos desta atleta paralímpica que venceu medalhas em diversas competições do género. Contudo, os médicos admitem que não é caso único e que a excelente forma física da atleta foi um ponto essencial para esta recuperação extraordinária.

Para a holandesa Monique Van der Vorst, foi a melhor prenda que podia ter recebido este ano mesmo que isso signifique ter de abandonar o seu percurso como atleta paralímpica.

"A mudança súbita, depois de ter estado numa cadeira de rodas e voltar agora a andar, provoca um sentimento indescritível porque de repente vês o mundo inteiro de uma perspetiva diferente", conta Monique Van der Vorst, citada pela Euronews.

"É realmente muito bom quando caminhas ao lado de alguém na rua e seres capaz de olhar essa pessoa directamente nos olhos. Esse é um sentimento indescritível", confirma a atleta.

À Associated Press conta que depois do acidente em março, começou três meses depois a sentir algo no pé esquerdo e acabou por sentir as pernas por inteiro. Começou a levantar-se com a ajuda da força dos braços, que lhe valeram as medalhas de ouro como atleta olímpica. Caiu muitas vezes até conseguir ganhar força e equilíbrio nas pernas.

"Sempre que tentava caía ao chão mas felizmente não me magoava porque ainda não sentia dor. Tentei milhares de vezes", conta Monique à AP. O sonho que agora pretende atingir é poder correr na competição do IronMan com uma atleta completa

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Silhueta aparece no meio de ‘arco-íris’ na Crimeia:


O fenômeno conhecido como espectro Brocken, ou espectro da montanha, apareceu em uma região montanhosa da Crimeia, próximo à Ucrânia. Ele ocorre quando raios de sol baixos incidem atrás de uma pessoa no uma montanha envolvida em névoa. A fotografia foi tirada pelo professor Mikhail Baevsky, segundo informações do Daily Mail.
A imagem foi registrada no pico Eklizi-Bourun de 1.527 metros, o mais alto da região. O espectro de Brocken pode acontecer em qualquer montanha envolvida por névoa ou um banco de nuvens. A figura pode parecer se movimentar quando a nuvem se movimenta ou há variações de densidade. Os arcos coloridos são causados pela difração da luz.

O fenômeno ganhou este nome porque é muito comum no pico Brocken, localizado na Alemanha.

Gorila que anda como humano vira sensação em parque:


O gorila Ambam virou sensação no parque de vida selvagem de Port Lympne, em Kent (Inglaterra). Tudo porque ele se exibe andando como se fosse um humano. Ereto sobre as patas traseiras, o símio virou, obviamente, sensação na web. Assista:


"Ele é uma celebridade no parque", disse ao "Sun" Phil Ridges, o tratador. Os especialistas acreditam que o animal tenha se habituado com a postura ao procurar comida. E parece de família: o pai e uma irmã de Ambam também desenvolveram a habilidade.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Empresa cria teclado com emoticons:


A empresa Lavatelli anunciou o protótipo de um teclado de emoticons. A ideia é que pessoas preguiçosas demais para digitar as famosas “carinhas” feitas pela combinação de teclas diferentes possam abusar do recurso. O teclado também poderia ajudar pessoas mais velhas a usarem os emoticons.
O teclado, com saída USB, vem com 16 opções de emoticon diferentes. Os compradores poderão personalizar o seu de acordo com o humor habitual. A empresa ainda não anunciou preço e data de lançamento do produto.

Thundercats estão de volta:


Thunder-Thunder-Thundercats hoooooooooooooooo! O grito de guerra anunciava o momento em que a trupe liderada por Lion se atirava na batalha contra seus inimigos (sempre para ganhar, claro). Os fãs saudosos da série de televisão que fez sucesso nos anos 80 agora começam a contagem regressiva para a estreia do remake, marcado para este ano, ainda sem data definida, no Cartoon Network americano. Enquanto isso não acontece, dá para ter um gostinho do que virá pela frente. A Warner Bros. Animation acaba de divulgar a primeira imagem oficial do seriado. Confira!
A nova versão vai recorrer às clássicas lutas de espada no combate do bem contra o mal em busca das lendárias Pedras do Poder (Stones of Power). O protagonista continuará a ser Lion, que ganha mais músculos e manterá seu papel de líder dos felinos. A cada episódio o grupo irá aprender lições de lealdade , honra e mortalidade.
A animação terá Sam Register, de Ben 10 e Jovens Titãs, como produtor executivo. Michael Jelenic e Ethan Spaulding serão os produtores.

Fotógrafo flagra fenômeno luminoso inusitado na Austrália:



Parece que se trata do surgimento de um super-herói com poderes radiativos. Mas não. O fotógrafo Phil Hart, de 34 anos, garante ter clicado um fenômeno da natureza. Sem qualquer manipulação. Phil disse apenas ter captado as imagens na câmera usando baixíssima velocidade.

O cenário é um lago em Gippsland, no estado de Victoria (Austrália). A luz azulada é produto de uma reação química chamada "bioluminiscência", que surge quando pequenos organismos na água se agitam.

As imagens impressionam pela imensa quantidade de micro-organismos "Noctiluca Scintillans".

"Ninguém se lembra de uma noite em que a luminiscência tenha estado como essa noite. Eu me senti um cara de sorte por ter registrado", contou Phil, segundo o "Sun".

Página de Mark Zuckerberg no Facebook sofre ataque de hackers:


Na noite de terça-feira (25), a página do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi atacada por hackers, segundo sites internacionais. Uma mensagem postada no seu status sugeria que o site deveria deixar os usuários investirem na rede social, ao invés de ir aos bancos.

“Vamos começar o ‘hacking’: se o Facebook precisa de dinheiro, ao invés de ir ao banco, por que o Facebook não deixa os usuários investirem no site de uma forma social? Por que não transformar o Facebook em um ‘negócio social’ do jeito que o vencedor do Prêmio Nobel Muhammad Yunus descreve? http://bit.ly/fs6rT3 O que vocês acham? #hackercup2011”, dizia a mensagem.

Mais de 1,8 mil pessoas “curtiram” o status e cerca de 500 usuários publicaram comentários antes que o Facebook tirasse a página do ar. A rede social ainda não divulgou nenhuma declaração a respeito do ocorrido. Nesta quarta-feira (26) às 9h, o perfil ainda estava indisponível.

Ainda não está claro como a invasão aconteceu, disse Graham Cluley, consultor da empresa de segurança “Sophos” ao jornal “Guardian”. “Mark Zuckerberg deve estar querendo dar uma boa olhada nas suas definições de segurança e privacidade depois dessa violação constrangedora”, disse. “Não está claro se ele foi distraído em relação a sua senha ou se ele sentou em um Starbucks e teve os detalhes do seu login roubados por uma rede sem fio desprotegida”, completou.

O jornal “Guardian” também afirmou que a página de Zuckerberg no Facebook é atualizada por várias pessoas, e uma delas pode ter tido os detalhes de acesso roubados. O tópico postado pelos hackers “#hackercup2011” se refere a uma competição mundial onde hackers competem por fama. Conforme o jornal, as partidas finais seriam realizadas no escritório do Facebook em 11 de março.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Análise de DC Universe Online, crie seu herói ou vilão e entre nessa batalha:

O jogo era esperado não só pelos fãs dos heróis dos quadrinhos, mas por vários outros jogadores adeptos dos RPGs online. Confira a análise completa do game:

Escola de super-heróis

O enredo de DC Universe é simples: Lex Luthor volta do futuro com uma mensagem aos heróis, anunciando que eles precisam deter Brainiac, que pretende invadir a Terra e destruir o planeta. Para isso, é preciso treinar novos heróis que impeçam este ataque.

A história mostra-se bem parecida com os roteiros das histórias em quadrinhos, e torna-se apenas um pretexto para que as aventuras comecem em um mundo em meio ao caos.

Vale lembrar que, por ser um RPG totalmente online, baseado em inúmeras sub-missões, facilmente você sairá do roteiro original até que a sua missão final seja cumprida; dando uma vida útil enorme ao game, não tão limitado quanto se ele fosse um simples jogo de aventura e ação.



Heróis com a sua cara

Um dos grande atrativos do game é a vasta possibilidade de personalização do seu herói (ou vilão), de acordo com o seu gosto. Além de elementos simples da aparência, como cabelos, expressões faciais e porte físico, é possível dar um ar exótico ao seu personagem, modificando a estrutura de sua pele e até mesmo baseando-o em um animal como leão, pantera, entre outros.

O problema é que a variedade de personalização foi colocada de uma maneira pouco prática, na hora de criar seu personagem. Por exemplo, para criar um personagem parecido com Solid Snake de Metal Gear Solid (cabelos compridos e barba comprida), é necessário passar por diversas opções até encontrar a combinação ideal - ou seja, careca sem barba; careca com barba; careca com bigode; careca com cavanhaque, etc, etc, etc... até que finalmente chegue a a combinação "cabelos compridos e barba comprida". Diante disso, por mais que você imagine seu personagem com uma certa aparência, será mais fácil deixá-lo com a primeira opção que surgir e que seja de seu agrado.

Escolha seu mentor

Depois de personalizar seu herói ou vilão, é hora de escolher seu mentor. Neste ponto, suas habilidades, seus movimentos e até mesmo suas armas seguem a similaridade do personagem que vocêe escolheu como uma espécie de “sensei”. Exemplificando: Se o Batman for o seu mentor, durante o game você adquirirá movimentos e habilidades similares à do homem-morcego, como itens para o seu cinto de utilidades e golpes simples. E se o seu mentor for o Super-Homem, você ganhará habilidades de vôos e superpoderes parecidos com os do homem de aço.

Com os vilões o mecanismo é o mesmo, e a única diferença é em relação à história e as missões. Enquanto um herói conquista uma habilidade de acordo com o combate ao crime, você, como um vilão, deverá evoluir propagando o caos e a desordem, sem esquecer, é claro, de defender a Terra contra Brainiac e seu exército - Afinal, sem ela, não haverá onde promover seus crimes.

Sistema de evolução

Como todo bom RPG, DC Universe se baseia em um sistema de evolução de habilidades a medida que os níveis são alcançados. Entretanto, a única diferença deste título é que, em determinados níveis, o personagem consegue pontos para serem usados em habilidades de combate, como na evolução de armas e movimentos. Já em outros níveis, os pontos conquistados são usados para evoluir poderes que, por sua vez, podem auxiliar seu heróis ou vilões, aumentando sua energia vital ou seu poder de ataque.

Jogabilidade deixa a desejar

Como era de se esperar, a jogabilidade não é o grande destaque do game. A primeira decepção é em relação à movimentação dos personagens, que é extremamente artificial. Alguns heróis adquirem poderes de movimentar-se em uma velocidade maior, o que acaba gerando inúmeros estouros de polígonos (ou seja, o personagem acaba atravessando obstáculos e às vezes para quase dentro de uma parte do cenários).

Pra piorar, o sistema de combates é muito falho. É visível assistir aos golpes acertando seus oponentes quando as armas ou os braços e pernas do personagem estão bem distantes dos mesmos. O próprio sistema de combinação de movimentos deixa à desejar, pois alguns movimentos não funcionam de um golpe forte para um golpe fraco. E, para terminar, o mecanismo de defesa é pouco eficiente, fazendo com que seja menos complicado esquivar dos ataques do que simplesmente bloqueá-los.

Interatividade com o mundo

A grande sensação do jogo fica por conta da integração com jogadores de todo o mundo. Além de ser interessante compartilhar missões com heróis de todo o planeta no melhor estilo Liga da Justiça, a formação de equipes se torna um elemento extremamente necessário para a sua sobrevivência, principalmente porque algumas missões possuem um certo grau de dificuldade acima do nível do seu personagem, tornando-as impossíveis de serem completadas por apenas um jogador. Por isso, reúna-se e ajude seus amigos a combater o mal... Nada de bancar o vingador solitário.

Cenários simples e gráficos limitados

Outro quesito que é comum nos depararmos em jogos de RPG online. Devido a quantidade de informações processadas ao mesmo tempo, grande parte destes games acabam sacrificando a parte gráfica. Um exemplo famoso é World of Warcraft que, mesmo sendo um dos games mais populares do planeta, possui gráficos bem simples, comparados aos mais recentes. Entretanto, são poucos os que deixam de jogar o game diante desse fato.
A proposta de DC Universe é parecida. Nada de gráficos sensacionais e um game rodando com limitações. O jogo apresenta gráficos simples em mundos e cenários gigantescos, e o que 'problema' acaba se tornando um coadjuvante que apenas os mais exigentes se deixarão abater por isso. Mas ainda sim, poderiam ter caprichado mais. Gothan City, por exemplo, possui diversos prédios bem similares, com janelas que parecem a continuação de paredes e vários elementos bem quadriculados.

O som do jogo também beira à mesmice. Você não vai encontrar os famosos “paft”, “pow”, “tum” consagrados na antiga série de Batman, mas em vários momentos onde há muitos heróis reunidos em uma batalha intensa, é possível notar o mesmo som de seu golpe sendo executado pelo seu aliado, tornando a grande batalha uma tremenda sinfonia de uma nota só.

Inimigos conhecidos e... parecidos

Outro elemento que chama a atenção é relacionado aos inimigos. Além de pouca variedade, no início do jogo, o game faz questão de apresentar quadrilhas compostas dos mesmos personagens, com as mesmas vestimentas e o mesmo porte físico. Diante de um game baseado no vasto mundo de DC Comincs, pelo menos uma pequena mudança surtiria efeito.

Entretanto, a nostalgia de enfrentar alguns arquivais como Espantalho, Coringa, Lex Luthor, ou Bane, não tem preço. Em determinadas missões, é necessário encarar essas figuras poderosas e conhecidas do público dos quadrinhos, o que ajuda na pouca variação descrita mais acima.

Conclusão

DC Universe consegue ser um jogo que agrada os fãs de quadrinhos que sempre quiseram ter (e até mesmo ser) um herói diferente dos tradicionais. O game consegue usar muito bem os elementos básicos e tradicionais de um MMO, mas alguns deslizes acabaram comprometendo o trabalho final, afastando aqueles que prezam pela qualidade. Em todo caso, uma coisa podemos afirmar: DC Universe Online conseguiu ser um game melhor do que as expectativas em torno do jogo, que não eram nada positivas.

* Agradecemos a Revolution Games Express pelo envio do game para a análise.

5 dicas para sobreviver e evoluir em DC Universe Online:

1 – Faça amigos e entre em grupos de heróis, pois mesmo com um sistema que atribui aos seus inimigos o mesmo nível que o seu, determinadas missões necessitam de auxilio para serem completadas.

2 – Ao completar missões, você recebe itens que, na maioria das vezes, são upgrades de suas armas ou armaduras, portanto preste atenção a tudo que você recebe pois isto é essencial para evoluir no game.

3 – Aproveite os itens recém-adquiridos e venda os velhos para conseguir mais dinheiro, que no início do game é extremamente escasso, sendo necessário completar muitas missões para adquirir uma boa quantia.

4 – No início do jogo, é fundamental prezar pela sua sobrevivência, portanto, é fundamental evoluir habilidades que ajudem na vitalidade de seu herói/vilão. O que também ajuda em relação à sobrevivência é evoluir sua armadura, realizando upgrades a medida que surgirem itens novos.

5 – Como em todo RPG, aproveite determinados momentos para eliminar inimigos e evoluir seu personagem. O inicio do jogo é o momento mais propício para essa tarefa, pois embora estes inimigos não dêem muitos pontos de experiência, os primeiros níveis não necessitam de uma quantia elevada para evoluir.