Filme altamente recomendado, Twelve Monkeys (Os Doze Macacos) discorre sobre um futuro caótico. Em 1996 um vírus matou 99% das pessoas. Os sobreviventes foram forçados a viver no subterrâneo e no ano de 2035 enviaram “voluntários” em viagens no tempo, a fim de impedir a liberação do vírus, que acredita-se que tenha sido feita pelo “Exército dos Doze Macacos”. A história começa quando James Cole (Bruce Willis) é enviado. Nas linhas a seguir eu conto a história do filme como entendi – sim, só há spoilers daqui pra frente.
Em 1996, James Cole, criança, vê um homem morrer no aeroporto. À partir daí, um vírus se espalha no mundo. Tal vírus quase dizima os seres humanos e os 1% de sobreviventes vão viver no subterrâneo. Tendo cometido crimes e sido preso e condenado, Cole é selecionado em 2035 para ser voluntário nas viagens no tempo, pois isso poderia reduzir a sua pena. Mesmo relutante, ele aceita e, na sua primeira viagem, vai parar em 1990.
Ele é preso e conhece a psiquiatra Kathryn Railly (Madeleine Stowe), a quem conta sobre o futuro. Cole é então encaminhado a um hospital psiquiátrico, como louco. Lá, ele conhece Jeffrey Goines (Brad Pitt), a quem acaba dando a ideia de exterminar a raça humana. Numa tentativa de fuga, Cole é colocado em isolamento, mas a dra. Railly o defende junto aos médicos, por ter a sensação de conhecê-lo de algum lugar. Cole tem a sensação de conhecê-la de seus sonhos. Neste meio tempo, Cole é “puxado” para o futuro pelos cientistas de lá.
De volta a 2035, Cole começa a ouvir uma voz que o deixa confuso. Apesar de ter falhado em sua missão – que era de deixar um recado em um serviço de lavagem de tapetes – ele recebe outra chance, já que tinha sido levado a um ano errado. Depois de uma rápida, mas importante passagem em um campo de batalha em 1920, ele vai para 1996. Lá, Cole sequestra a dra. Railly e os dois vão para a Flórida. Ele conhece o dono da voz que fica ecoando em sua cabeça: trata-se de um mendigo com uma ideia de que havia chips localizadores nos dentes de Cole. Este, por sua vez, não sabe dizer se o mendigo vem do futuro ou se é apenas louco.
Depois de algumas confusões e grandes progressos com sua investigação sobre o Exército dos Doze Macacos, Cole é levado novamente a 2035. Tido como herói e recebendo sua absolvição, ele resolve voltar a 1996 por vontade própria, pois tinha a intenção de ficar por lá e viver com a dra. Railly. Depois de convencer os cientistas, Cole volta a 1996. Lá, descobre que a dra. Railly tem motivos para acreditar na sua história – ela o conhecia de uma foto tirada no campo de batalha, em 1920. Mas sem ter certeza sobre os fatos futuros, eles decidem viajar para o litoral e aguardar. Cole arranca os dentes para não ser localizado e depois de se disfarçarem, para não serem pegos pela polícia, vão para o aeroporto.
Ver Railly loira – pois estava disfarçada – faz Cole ter certeza de que ela era a mulher que ele havia visto em seus sonhos a vida inteira. Ele conta isso para ela. No caminho do aeroporto, os 2 descobrem que o Exército dos 12 Macacos, liderado por Goines, não tinha intenção de acabar com a humanidade. Só queriam dar um susto no pai de Goines e liberar os animais do zoológico. Como isso isenta o Exército dos Doze Macacos de todas as suspeitas, não havia mais suspeitos de ter espalhado o vírus. No aeroporto, Cole deixa um recado para o futuro contando sobre sua descoberta.
Em seguida, Jose (Jon Seda) – seu companheiro de 2035 e que havia morrido em 1920 – aparece e coage Cole a matar o verdadeiro responsável por liberar o vírus. Jose não pode matá-lo, pois tudo o que ele sabia é o que Cole havia revelado no seu último telefonema. Mas Jose sabia que Cole viria a saber esta informação pela dra. Railly. Cole resolve colaborar e logo Railly lhe conta sobre sua descoberta, feita enquanto Cole ligava. Railly descobre que o dr. Peters (David Morse), um frequentador de suas palestras e funcionário do pai de Goines, era o responsável por liberar o vírus.
Na sequência, Cole tenta desesperadamente eliminar Peters. Os policiais que o estavam seguindo percebem sua identidade e vão atrás dele. Ao verem que Cole sacou uma arma, eles atiram, ferindo Cole mortalmente. A dra. Railly vai ao encontro de Cole que acaba morrendo nos seus braços. Ela então se lembra que ele havia dito conhecê-la dos sonhos. Ao olhar em volta, Railly vê um menino. Era Cole vendo a sua própria morte quando adulto. No avião, o dr. Peters se vê livre para prosseguir com seus planos e numa tacada do acaso, uma das responsáveis por enviar Cole no tempo senta-se ao lado do Dr. Peters, sem saber do seu papel na história.
Moral da história: não há como mudar o futuro, pois ele já aconteceu. Isso é fortemente embasado na Teoria da Relatividade de Einstein. Se esta teoria for levada ao pé da letra, passado, presente e futuro coexistem.
Indico 2 links para se aprofundar nesta brilhante obra de Chris Marker e David e Janet Peoples. Em
12 Monkeys FAQ , há uma lista de perguntas e respostas bastante completa e concisa sobre o filme. Para mim, é a melhor referência sobre a história. Já em
Lost the Plot: 12 Monkeys pode-se conferir uma leitura mais resumida do filme – este site pertence à BBC.
