quarta-feira, 30 de março de 2011
Cinco esculturas do período asteca são encontradas no México:
Arqueólogos encontraram cinco figuras de pedra no centro histórico da capital do México – onde antigamente existia a cidade asteca de Tenochtitlan –, perto da Catedral Metropolitana, segundo divulgou o Instituto Nacional de Antropologia e História do país (INAH).
As peças decoravam as fachadas do Templo Maior, uma das principais construções do império asteca, entre os anos 1.325 e 1.521 da Era Cristã. O material foi achado durante escavações pelo Programa de Arqueologia Urbana mexicano em uma fossa de 12 metros por 7 metros de área.
As cinco esculturas foram esculpidas em pedra vulcânica. A maior delas possui o formato de um crânio, com 88 centímetros de comprimento e 44 centímetros de altura. No local da vala onde foram encontradas as figuras existia um piso, que teria sido destruído pelos astecas para criar um depósito para itens arquitetônicos.
Ocupação da América pode ter iniciado há pelo menos 15.500 anos:
A descoberta no Texas de um sítio arqueológico contendo milhares de vestígios datando de 15.500 anos faz recuar em pelo menos 2 mil anos as estimativas de chegada dos primeiros ocupantes à América, além de colocar em dúvida a teoria atual sobre a colonização do continente.
Uma corrente aceita atualmente acredita que as primeiras tribos americanas faziam parte da cultura denominada Clóvis, com traços encontrados em vários pontos, a partir de 1932.
Segundo esta hipótese controversa, os portadores desta cultura, caracterizada por uma técnica muito particular de entalhe de pontas de sílex de dois gumes, teriam vindo da Ásia há cerca de 13.500 anos através do Estreito de Bering, durante a Era do Gelo. Eles teriam, em seguida, se espalhado por todo o continente, até chegar à América do Sul.
O novo sítio arqueológico texano, chamado "Debra L. Friedkin" e situado a cerca de 60 km ao noroeste de Austin, documenta com um número de indícios sem precedentes uma ocupação humana do continente americano anterior à cultura Clóvis.
O achado coloca em dúvida a teoria atual dos primeiros povos americanos, destacou Michael Waters, diretor do Centro de Estudos dos Primeiros Americanos da Universidade do Texas e principal autor do trabalho, publicado na revista americana Science.
"Essa descoberta nos força a repensar as origens da colonização das Américas", insistiu o pesquisador. "Não há dúvidas de que essas ferramentas e armas foram fabricadas por humanos e que têm cerca de 15.500 anos de idade, o que faz delas os vestígios mais antigos encontrados até hoje na América do Norte", acrescentou.
"Isso é importante para fazer avançar o debate sobre a data de chegada dos primeiros ocupantes das Américas, mas também para nos ajudar a compreender as origens da cultura Clóvis", segundo ele. Michael Waters destacou durante uma teleconferência que a teoria do povoamento do continente americano pela cultura Clóvis possui várias grandes falhas.
Por exemplo, não existe qualquer traço da "tecnologia" de entalhe de sílex dos Clóvis no nordeste da Ásia, de onde esses colonizadores teriam vindo. Ainda, as pontas de flechas de sílex descobertas no Alasca e que precediam em mil anos à chegada da tribo Clóvis foram fabricadas de forma diferente.
Enfim, acrescenta esse arqueólogo, seis sítios datando do mesmo período da "cultura Clóvis" descobertos na América do Sul não contêm qualquer traço que possa ser assimilado a essa "cultura".
"Esses fatos levam à conclusão de que os Clóvis não poderiam ser os primeiros americanos e que outros homens já se encontravam na América antes", completou o cientista.
Entre os indícios anteriores, o cientista menciona, principalmente, dois sítios no estado de Wisconsin datando de 14.200 a 14.800 anos, as cavernas de Paisley no estado de Oregon (14.100 anos) e Monte Verde, no sul da América do Sul (14.500 anos).
"Chegou a hora de abandonar de uma vez por todas a teoria da colonização dos Clóvis e elaborar um novo modelo que explique o povoamento das Américas. Nesse sentido, o sítio Debra L. Friedkin deu um grande passo em direção a essa nova compreensão dos primeiros habitantes do novo mundo", insistiu Michael Water.
A datação é feita por meio de uma técnica por luminescência, que calcula quando os sedimentos sobre os vestígios foram expostos à luz pela última vez.
Uma corrente aceita atualmente acredita que as primeiras tribos americanas faziam parte da cultura denominada Clóvis, com traços encontrados em vários pontos, a partir de 1932.
Segundo esta hipótese controversa, os portadores desta cultura, caracterizada por uma técnica muito particular de entalhe de pontas de sílex de dois gumes, teriam vindo da Ásia há cerca de 13.500 anos através do Estreito de Bering, durante a Era do Gelo. Eles teriam, em seguida, se espalhado por todo o continente, até chegar à América do Sul.
O novo sítio arqueológico texano, chamado "Debra L. Friedkin" e situado a cerca de 60 km ao noroeste de Austin, documenta com um número de indícios sem precedentes uma ocupação humana do continente americano anterior à cultura Clóvis.
O achado coloca em dúvida a teoria atual dos primeiros povos americanos, destacou Michael Waters, diretor do Centro de Estudos dos Primeiros Americanos da Universidade do Texas e principal autor do trabalho, publicado na revista americana Science.
"Essa descoberta nos força a repensar as origens da colonização das Américas", insistiu o pesquisador. "Não há dúvidas de que essas ferramentas e armas foram fabricadas por humanos e que têm cerca de 15.500 anos de idade, o que faz delas os vestígios mais antigos encontrados até hoje na América do Norte", acrescentou.
"Isso é importante para fazer avançar o debate sobre a data de chegada dos primeiros ocupantes das Américas, mas também para nos ajudar a compreender as origens da cultura Clóvis", segundo ele. Michael Waters destacou durante uma teleconferência que a teoria do povoamento do continente americano pela cultura Clóvis possui várias grandes falhas.
Por exemplo, não existe qualquer traço da "tecnologia" de entalhe de sílex dos Clóvis no nordeste da Ásia, de onde esses colonizadores teriam vindo. Ainda, as pontas de flechas de sílex descobertas no Alasca e que precediam em mil anos à chegada da tribo Clóvis foram fabricadas de forma diferente.
Enfim, acrescenta esse arqueólogo, seis sítios datando do mesmo período da "cultura Clóvis" descobertos na América do Sul não contêm qualquer traço que possa ser assimilado a essa "cultura".
"Esses fatos levam à conclusão de que os Clóvis não poderiam ser os primeiros americanos e que outros homens já se encontravam na América antes", completou o cientista.
Entre os indícios anteriores, o cientista menciona, principalmente, dois sítios no estado de Wisconsin datando de 14.200 a 14.800 anos, as cavernas de Paisley no estado de Oregon (14.100 anos) e Monte Verde, no sul da América do Sul (14.500 anos).
"Chegou a hora de abandonar de uma vez por todas a teoria da colonização dos Clóvis e elaborar um novo modelo que explique o povoamento das Américas. Nesse sentido, o sítio Debra L. Friedkin deu um grande passo em direção a essa nova compreensão dos primeiros habitantes do novo mundo", insistiu Michael Water.
A datação é feita por meio de uma técnica por luminescência, que calcula quando os sedimentos sobre os vestígios foram expostos à luz pela última vez.
'Cão' nasce de ovelha em fazenda:
Um fato sobrenatural? Uma mentira? Um engano? Nada disso? Todas as anteriores?
O fazendeiro chinês Liu Naiying afirma que uma de suas ovelhas deu à luz um filhote... que é um cachorro.
"Eu estava com o rebanho e vi uma ovelha lambendo seu cordeiro", disse Naiying ao jornal britânico "Metro". "Quando cheguei perto, me assustei: parecia um misto de ovelha com cachorro. Em 20 anos trabalhando com ovelhas, nunca tinha visto uma criatura assim."
Segundo o "Metro", o belo bichinho tem lã, como um cordeiro, mas feições, patas e cauda de aparência canina. Além disso, segundo Liu, brinca como um cachorrinho.
Veterinários disseram que é impossível que uma ovelha dê à luz um cachorro, mas quem se importa? Ainda há turistas que, mesmo sabendo disso, dão um pulinho na fazendo para ver de perto o cachorrinho. Digo, cordeirinho. Digo, cachorrinho. Digo, cordeirinho...
Pedra maia é exibida para desmentir anúncio do fim do mundo em 2012:
A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira (29) em Tabasco, sudeste do México.
A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. "No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar", enfatizou José Luis Romero, subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História.
Na pedra está escrita a data de 23 de dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção hollywoodiana, "2012", foi lançada apresentando esse cenário apocalíptico.
"No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico", afirmou Romero. A data gravada em pedra se refere ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu o pesquisador.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Os 14 programas que marcaram minha infância:
14. O Mundo de Beakman
Eu sempre adorei curiosidades e O Mundo de Beakman era recheado delas. Eu amava todas as experiências que ele nos ensinava, e o melhor é que elas podiam ser repetidas em casa. O programa era muito dinâmico e divertido. Lembro bem de um experimento que mostrava como quebrar uma régua somente utilizando o peso de uma folha de papel e da demonstração de como funcionava o vômito. Eu assistia na TV Cultura, mas O Mundo de Beakman, com um total de 91 episódios, também já passou na Record e no Boomerang.
13. Glub Glub
Uma TV no fundo do mar que funcionava com a energia de um peixe-elétrico. Dois peixinhos assistiam aos desenhos enquanto conversavam sobre várias coisas que, ao fim do programa, traziam uma lição de moral. Eu assistia sempre, até porque acho que passava logo depois do Castelo Rá-Tim-Bum, e lembro muito bem dos peixinhos conversando e da abertura, mas vocês acreditam que, pelo menos por nome, eu não consegui lembrar de um desenho sequer? Curiosidade: William Bonner e Fátima Bernardes fizeram uma participação especial interpretando os peixes. Eu não lembro disso. Procede?
12. Os Muppets
Os Muppets tiveram tantos seriados de TV que eu não sei qual eu assistia. Provavelmente era The Muppet Show (se eu estiver errada, me corrijam), mas o que importa é que eu adorava! Cheguei a assistir ao desenho também (Muppet Babies). Lembro bem de Caco e Miss Piggy. Tenho certeza que Os Muppets fizeram parte da infância de crianças de muitas gerações.
11. X-Tudo
Eu adoraaava o X-Tudo. A melhor parte era a de culinária. Sempre gostei de fazer umas receitas, sabe, embora não tivesse (e ainda não tenha) muito jeito pra coisa. O programa ainda mostrava algumas mágicas, ensinava experiências e, entre outras coisas, passava umas reportagens legais. Lembro bem de uma em que os dois pirralhos foram aprender a andar de patins no half pipe. Muito, muito bom!
10. TV Colosso
Minhas manhãs de férias não seriam as mesmas sem a TV Colosso. Priscilla, JF, Borges, Gilmar, Capachão e os outros me divertiam muito e me apresentaram alguns dos desenhos animados que eu mais amei, como Caverna do Dragão, Capitão Planeta e Perdido nas Estrelas. Quando ia ao ar, o ibope era em média 12 pontos, o que deixava a emissora em primeiro lugar no horário.
9. Rá-Tim-Bum
Eu amava Rá-Tim-Bum porque ele não um só programa, eram vários. O quadro mais inesquecível pra mim é “Senta que lá vem a história”, mas Rá-Tim-Bum, assim como Castelo Rá-Tim-Bum, educava divertindo, por meio de quadros como Professor Tibúrcio (Marcelo Tas), Fada Dalila, Nina e outros.
8. Mundo da Lua
“Alô, alô. planeta Terra chamando, planeta Terra chamando. Essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da lua, onde tudo é possível”. Eu viajava com Lucas Silva e Silva, adorava Neusa conversando com o rádio, as confusões da família e a cumplicidade entre Lucas e seu avô. Muito bom!
7. Chaves / Chapolin
Resolvi colocar Chaves e Chapolin como um só porque quase sempre eu assistia aos dois juntos, os atores são os mesmos e eu quis economizar um espaço no Top. Eu amava Chaves e alguns episódios são inesquecíveis, como o que eles imaginam que estão dentro da casa de Dona Clotilde, a bruxa do 71. As aulas do Prof. Girafales também eram ótimas, com aquele momento clássico pelo qual todo mundo já passou, mas que nas aulas a vítima sempre era Chaves falando Prof. Lingüiça. Eu também adorava os episódios que se passavam no outro pátio e do lado de fora, quando eles iam vender limonada. Já Chapolin Colorado marcou a todos com o clássico “E agora, quem poderá nos ajudar?”, “Eu, o Chapolin Colorado!” seguido por alguma trapalhada. Lembro bem do episódio em que ele vai recuperar um selo super valioso e fica bem pequenininho. E achava ótimo quando eles quebravam as cadeiras e aparecia o branco do isopor. Quase amadores. Hehehe!
6. Cocoricó
“O Júlio na gaita e a bicharada no vocal, cantando um rock rural, Cocoricó, rock rural, Cocoricó, Cocoricó”! Era muito bom assistir, entre os ótimos desenhos, as peripécias de Júlio e dos bichos da fazenda de seus avós. Melhor ainda é saber que as crianças de hoje em dia ainda gostam do programa!
5. TV Cruj (Disney Club)
Dá o play, macaco! Quem não lembra desse bordão? Pois é, a TV Cruj (Comitê Revolucionário Ultra-Jovem) marcou muita gente. Eu adorava os apresentadores, os desenhos da Disney, as confusões... Cruj, Cruj, Cruj, tchau!
4. Caça Talentos
Angélica foi mais presente na minha infância do que Xuxa, principalmente por causa da série-novela Caça Talentos, que passava no programa Angel Mix. As trapalhadas de Margarida e Violeta, da Fada Bela e de todos da Caça Talentos conquistaram o Brasil. A série-novela fez tanto sucesso que seu ibope teve uma média de 33 pontos, índice que hoje em dia a Globo considera ótimo para uma novela das sete.
3. Punky - A levada da breca
Quando eu era criança, estudava pela manhã, e todos os dias, quando chegava em casa, almoçava assistindo Punky. A série foi filmada de 84 a 88 e fez grande sucesso nos Estados Unidos. No Brasil, foi exibida pelo SBT, repetindo o sucesso.
2. Power Rangers
Power Rangers era um programa meio tosco e com efeitos especiais de dar vergonha, mas todas as crianças amavam, inclusive eu, e os Rangers fizeram um sucesso estrondoso. Todos queriam ter os bonecos e as fantasias e cada um encarnava seu personagem favorito na hora das brincadeiras. O programa ainda é feito hoje, e nem de longe faz o sucesso que um dia fez. Mas, na cabeça de quem assistiu às primeiras temporadas, a Alameda dos Anjos, Zordon, Alfa-5, Rita Repulsa, Lord Zedd e todos os primeiros Rangers serão inesquecíveis. É hora de morfar!
1. Castelo Rá-Tim-Bum
Os primeiros bruxos que eu amei foram os do Castelo Rá-Tim-Bum. Esse é o exemplo perfeito de programa infantil. Além de ser super divertido e de despertar o imaginário, educa, e de forma também divertida. O ratinho ensina a jogar lixo no lixo, a escovar os dentes, tomar banho, reciclar, os passarinhos nos apresentam instrumentos musicais, o gato pintado incentiva o hábito da leitura, o Telekid (Marcelo Tas!!!) responde a todos os porquês de Zequinha... E ainda havia, além dos protagonistas, todos os outros personagens inesquecíveis do programa: os monstros Mau e Godofredo, a cobra Celeste, o porteiro, o relógio, Etevaldo, Dr. Abobrinha, Penélope, a caipora...
Eu sempre adorei curiosidades e O Mundo de Beakman era recheado delas. Eu amava todas as experiências que ele nos ensinava, e o melhor é que elas podiam ser repetidas em casa. O programa era muito dinâmico e divertido. Lembro bem de um experimento que mostrava como quebrar uma régua somente utilizando o peso de uma folha de papel e da demonstração de como funcionava o vômito. Eu assistia na TV Cultura, mas O Mundo de Beakman, com um total de 91 episódios, também já passou na Record e no Boomerang.
13. Glub Glub
Uma TV no fundo do mar que funcionava com a energia de um peixe-elétrico. Dois peixinhos assistiam aos desenhos enquanto conversavam sobre várias coisas que, ao fim do programa, traziam uma lição de moral. Eu assistia sempre, até porque acho que passava logo depois do Castelo Rá-Tim-Bum, e lembro muito bem dos peixinhos conversando e da abertura, mas vocês acreditam que, pelo menos por nome, eu não consegui lembrar de um desenho sequer? Curiosidade: William Bonner e Fátima Bernardes fizeram uma participação especial interpretando os peixes. Eu não lembro disso. Procede?
12. Os Muppets
Os Muppets tiveram tantos seriados de TV que eu não sei qual eu assistia. Provavelmente era The Muppet Show (se eu estiver errada, me corrijam), mas o que importa é que eu adorava! Cheguei a assistir ao desenho também (Muppet Babies). Lembro bem de Caco e Miss Piggy. Tenho certeza que Os Muppets fizeram parte da infância de crianças de muitas gerações.
11. X-Tudo
Eu adoraaava o X-Tudo. A melhor parte era a de culinária. Sempre gostei de fazer umas receitas, sabe, embora não tivesse (e ainda não tenha) muito jeito pra coisa. O programa ainda mostrava algumas mágicas, ensinava experiências e, entre outras coisas, passava umas reportagens legais. Lembro bem de uma em que os dois pirralhos foram aprender a andar de patins no half pipe. Muito, muito bom!
10. TV Colosso
Minhas manhãs de férias não seriam as mesmas sem a TV Colosso. Priscilla, JF, Borges, Gilmar, Capachão e os outros me divertiam muito e me apresentaram alguns dos desenhos animados que eu mais amei, como Caverna do Dragão, Capitão Planeta e Perdido nas Estrelas. Quando ia ao ar, o ibope era em média 12 pontos, o que deixava a emissora em primeiro lugar no horário.
9. Rá-Tim-Bum
Eu amava Rá-Tim-Bum porque ele não um só programa, eram vários. O quadro mais inesquecível pra mim é “Senta que lá vem a história”, mas Rá-Tim-Bum, assim como Castelo Rá-Tim-Bum, educava divertindo, por meio de quadros como Professor Tibúrcio (Marcelo Tas), Fada Dalila, Nina e outros.
8. Mundo da Lua
“Alô, alô. planeta Terra chamando, planeta Terra chamando. Essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da lua, onde tudo é possível”. Eu viajava com Lucas Silva e Silva, adorava Neusa conversando com o rádio, as confusões da família e a cumplicidade entre Lucas e seu avô. Muito bom!
7. Chaves / Chapolin
Resolvi colocar Chaves e Chapolin como um só porque quase sempre eu assistia aos dois juntos, os atores são os mesmos e eu quis economizar um espaço no Top. Eu amava Chaves e alguns episódios são inesquecíveis, como o que eles imaginam que estão dentro da casa de Dona Clotilde, a bruxa do 71. As aulas do Prof. Girafales também eram ótimas, com aquele momento clássico pelo qual todo mundo já passou, mas que nas aulas a vítima sempre era Chaves falando Prof. Lingüiça. Eu também adorava os episódios que se passavam no outro pátio e do lado de fora, quando eles iam vender limonada. Já Chapolin Colorado marcou a todos com o clássico “E agora, quem poderá nos ajudar?”, “Eu, o Chapolin Colorado!” seguido por alguma trapalhada. Lembro bem do episódio em que ele vai recuperar um selo super valioso e fica bem pequenininho. E achava ótimo quando eles quebravam as cadeiras e aparecia o branco do isopor. Quase amadores. Hehehe!
6. Cocoricó
“O Júlio na gaita e a bicharada no vocal, cantando um rock rural, Cocoricó, rock rural, Cocoricó, Cocoricó”! Era muito bom assistir, entre os ótimos desenhos, as peripécias de Júlio e dos bichos da fazenda de seus avós. Melhor ainda é saber que as crianças de hoje em dia ainda gostam do programa!
5. TV Cruj (Disney Club)
Dá o play, macaco! Quem não lembra desse bordão? Pois é, a TV Cruj (Comitê Revolucionário Ultra-Jovem) marcou muita gente. Eu adorava os apresentadores, os desenhos da Disney, as confusões... Cruj, Cruj, Cruj, tchau!
4. Caça Talentos
Angélica foi mais presente na minha infância do que Xuxa, principalmente por causa da série-novela Caça Talentos, que passava no programa Angel Mix. As trapalhadas de Margarida e Violeta, da Fada Bela e de todos da Caça Talentos conquistaram o Brasil. A série-novela fez tanto sucesso que seu ibope teve uma média de 33 pontos, índice que hoje em dia a Globo considera ótimo para uma novela das sete.
3. Punky - A levada da breca
Quando eu era criança, estudava pela manhã, e todos os dias, quando chegava em casa, almoçava assistindo Punky. A série foi filmada de 84 a 88 e fez grande sucesso nos Estados Unidos. No Brasil, foi exibida pelo SBT, repetindo o sucesso.
2. Power Rangers
Power Rangers era um programa meio tosco e com efeitos especiais de dar vergonha, mas todas as crianças amavam, inclusive eu, e os Rangers fizeram um sucesso estrondoso. Todos queriam ter os bonecos e as fantasias e cada um encarnava seu personagem favorito na hora das brincadeiras. O programa ainda é feito hoje, e nem de longe faz o sucesso que um dia fez. Mas, na cabeça de quem assistiu às primeiras temporadas, a Alameda dos Anjos, Zordon, Alfa-5, Rita Repulsa, Lord Zedd e todos os primeiros Rangers serão inesquecíveis. É hora de morfar!
1. Castelo Rá-Tim-Bum
Os primeiros bruxos que eu amei foram os do Castelo Rá-Tim-Bum. Esse é o exemplo perfeito de programa infantil. Além de ser super divertido e de despertar o imaginário, educa, e de forma também divertida. O ratinho ensina a jogar lixo no lixo, a escovar os dentes, tomar banho, reciclar, os passarinhos nos apresentam instrumentos musicais, o gato pintado incentiva o hábito da leitura, o Telekid (Marcelo Tas!!!) responde a todos os porquês de Zequinha... E ainda havia, além dos protagonistas, todos os outros personagens inesquecíveis do programa: os monstros Mau e Godofredo, a cobra Celeste, o porteiro, o relógio, Etevaldo, Dr. Abobrinha, Penélope, a caipora...
domingo, 27 de março de 2011
Os episódios mais marcantes e muitas curiosidades sobre Os Simpsons
Nestes mais de 20 anos do desenho animado concebido por Matt Groening, fizemos uma seleção de episódios mais marcantes, melhores homenagens, participações e situações que explicam por si só porque Os Simpsons é considerada a melhor série de todos os tempos.
Os três melhores episódios:
3. Tarado Homer
Homer é processado por assediar sexualmente a babá de seus filhos, mas tudo que fez foi pegar o chiclete no seu “doce traseiro”. Perseguido pela mídia, Homer ganha um filme onde ele é apresentado como um maníaco sexual.
2. Bart Radialista
Bart comemora o aniversário de 10 anos e ganha um rádio transmissor. Ele se faz passar por um menino caído num poço. De repente a brincadeira foge do controle e toda Springfield resolve se mobilizar para salvar o suposto menino, mas descobrem a pegadinha. Quando Bart cai de verdade no poço, a cidade não acredita nele.
1. A primeira palavra de Lisa
Marge e Homer contam aos seus filhos a primeira palavra de Lisa. Só nesse episódio podemos conferir a primeira palavra de cada uma das crianças Simpsons. Bart morre de ciúme da irmã recém-chegada, a tratando mal e tentando chamar a atenção dos pais. Lisa surpreende a todos com sua primeira palavra: Bart.
Duas séries em uma só:
Arquivo x
Direto de Hollywood:
J.K Rowling
Crepúsculo (Daniel Radcliffe na voz de ‘Edward Cullen’)
A música de Bono e Chris Martin:
U2
Coldplay
Halloween:
A casa da árvore dos horrores (o especial acontece todo ano desde a 2ª temporada)
Curiosidades:
Patty Bouvier, uma das irmãs de Margie, declarando que é homossexual na 16ª temporada.
Nenhum programa muda tanto de abertura. Além de frases escrita por Bart na lousa e a melodia tocada por Lisa no saxofone, os Simpsons se reúnem a cada episódio de uma maneira diferente quando sentam no sofá:
Quanto custa um filho? Os Simpsons respondem essa pergunta na abertura da série. 847,63 dólares era o custo anual médio para criar uma criança americana quando a série foi lançada, em 1989. Hoje, o valor mudou para 486,52 dólares.
D’oh:
Algumas expressões ficaram eternizadas e viraram vocabulário para os fãs da série. O “D’oh” de Homer se tornou mundialmente popular.
sábado, 26 de março de 2011
Americano diz ter filmado suposto 'pé-grande':
O americano Thomas Byers alega ter filmado no dia 23 de março a criatura conhecida como "pé-grande" atravessando uma estrada no condado de Rutherford, no estado da Carolina do Norte (EUA), segundo reportagem da emissora "NewsChannel 36".
Byers contou que estava entre quatro e seis metros de distância do suposto "pé-grande" quando o flagrou atravessando a estrada. "Foi tudo muito rápido", disse ele, destacando que, na hora, não havia entendido direito o que tinha visto.
Segundo ele, o "pé-grande" teria mais de 2 metros de altura e 130 quilos.
terça-feira, 22 de março de 2011
Construímos um disco voador: anuncia Irã:
Chamado de Zoahl, ou Saturno em português, dizem que é uma espaçonave não tripulada, projetada para fotografia aérea. Contudo, alegam também que ela pode ser usada para ‘várias missões’.
Ela foi revelada pela imprensa oficial do país no mesmo dia que lançaram um foguete em órbita com uma cápsula de teste capaz de carregar um macaco até o espaço.
A agência de notícias iraniana, FARS, ilustrou sua história com uma foto de um disco voador, parecido com um de um filme de Hollywood de categoria B, dos anos 50.
As reportagens não deram indicação quanto ao tamanho da aeronave, mas eles indicaram que se tratava de algo pequeno, pois disseram que ela também poderia voar em ambientes fechados.
“Facilidade de transportar, de lançar e de pilotar, e muito pouco ruído são algumas das vantagens destes aparelhos“, disse a agência de notícias dos estudantes do Irã.
“Ele é equipado com um piloto automático, estabilizador de imagem e GPS, e tem um sistema separado de gravação aérea em qualidade full HD.“
Irã, que se orgulha de sua civilização de 2.500 anos, também é entusiástico em mostrar que está na “crista da onda” da ciência moderna.
O programa espacial ambicioso daquele país alarma o ocidente, porque a mesma tecnologia usada para enviar mísseis no espaço pode ser usada para construir mísseis balísticos intercontinentais.
Para o presidente Mahmoud Ahmadinejad, os avanços demonstram a habilidade de seu país de avançar com seu programa científico, apesar das sanções internacionais sobre seu programa nuclear.
É dito que o disco voador foi apresentado em uma exibição de ‘tecnologias estratégicas’ na qual participou o Ayatollah Ali Khamenei, supremo líder do Irã.
Video de OVNI em Jerusalém:
Eligael, o homem que filmou o vídeo original de Jerusalém, está de volta. E desta vez com um vídeo intrigante.
Obviamente, não temos como confirmar a veracidade do vídeo e tampouco do avistamento original, mas aqui está para sua avaliação.
Abaixo traduzimos o que Eligael escreveu sobre o vídeo:
“Este é um vídeo do OVNI de Jerusalém, de 3 segundos, filmado da área do muro Ocidental. O vídeo original tem a duração de 2 minutos. A filmagem é incrível!!! Não posso dar maiores detalhes sobre este vídeo. Espero logo ter um vídeo completo que irá espantar a todos.” – Eligael
Obviamente, não temos como confirmar a veracidade do vídeo e tampouco do avistamento original, mas aqui está para sua avaliação.
Abaixo traduzimos o que Eligael escreveu sobre o vídeo:
“Este é um vídeo do OVNI de Jerusalém, de 3 segundos, filmado da área do muro Ocidental. O vídeo original tem a duração de 2 minutos. A filmagem é incrível!!! Não posso dar maiores detalhes sobre este vídeo. Espero logo ter um vídeo completo que irá espantar a todos.” – Eligael
2 bilhões de planetas só em nossa galáxia semelhantes a Terra:
De acordo com o space.com, um novo estudo aponta que, aproximadamente de 1 em cada 37 até 1 em cada 70 estrelas similares ao sol podem abrigar um planeta similar à Terra.
Estes achados indicam que bilhões de planetas como a Terra possam existir em nossa galáxia.
Os novos cálculos são baseados em dados do telescópio espacial Kepler, o qual espantou o mundo fevereiro passado, quando revelou mais de 1.200 mundos alienígenas, inclusive 68 planetas potencialmente com o tamanho da Terra.
Cientistas da NASA, em Pasadena, Califórnia, focaram em planetas aproximadamente do tamanho da Terra, dentro da zona habitável de suas estrelas, ou seja, onde a água líquida em suas superfícies possa existir.
Após os pesquisadores analisarem dados das leitoras do Kepler por quatro meses, eles determinaram que 1,4 até 2,7 por cento de todas as estrelas similares ao Sol podem ter planetas como a Terra.
“Isto significa que existem vários planetas como a Terra lá fora – dois bilhões em nossa galáxia, a Via Láctea“, disse Joseph Catanzarite, um astrônomo da NASA. “Com este número tão grande, há uma boa possibilidade de vida e talvez até de vida inteligente em alguns daqueles planetas. E isto é só em nossa galáxia. Há 50 bilhões de outras galáxias.”
Após 3 ou 4 anos de investigações dos dados do Kepler, o cientistas estimam que um total de 12 planetas como a Terra serão descobertos. Quatro destes já foram vistos nos quatro meses de dados já liberados. Os cientistas da missão Kepler estimam que exista 50 bilhões de planetas na Via Láctea, embora nem todos seriam do tamanha da Terra, ou dentro da zona habitável.
Quando se trata das 100 estrelas mais próximas similares ao Sol, dentro de poucas dezenas de anos luz, estes estudos sugerem que somente dois possam ser similares à Terra. Ainda assim, Cantanzarite apontou que estrelas anãs vermelhas podem também abrigar planetas como a Terra, e que este tipo de estrela é muito mais comum do que estrelas como o nosso Sol.
Embora pesquisadores tenham mais dificuldades para detectar planetas do tamanho da Terra que transitam na frente de estrelas anãs vermelhas, atualmente eles estão tentando detectar tais planetas pelo “puxão” gravitacional que exercem em suas estrelas.
“Eu espero escutar um dia sobre planetas similares à Terra que orbitam essas estrelas“, disse Catanzarite.
Catanzarite e seu colega Michael Shao detalharam suas descobertas em um documento submetido ao Astrophysical Journal, no dia 8 de março deste ano.
sábado, 19 de março de 2011
Analisando a Trilogia O Senhor dos Anéis:
A segunda melhor trilogia do cinema, O Senhor dos Anéis é mais do que uma odisséia cinematográfica, é um retrato óbvio da humanidade e parte de nossa realidade maior. Baseado na obra de J.R.R. Tolkien, os três filmes dirigidos por Peter Jackson conseguiram transmitir algo mais do que a maioria dos filmes blockbusters conseguem: uma sinceridade incrível, que acaba não apenas interagindo com os espectadores, mas criando uma empatia profunda. Apesar de haver várias diferenças em relação aos livros originais, Jackson conseguiu absorver a ideia por detrás da obra de Tolkien, além de introduzir um pouco de seus próprios conceitos, enriquecendo ainda mais o filme.
Obviamente você, querido leitor, já deve ter assistido ao filme (até nas Plêiades se brincar já o fizeram!), então não precisaremos nos focar no enredo. São mais de 9 horas de uma história rica em detalhes, imaginação e coração, que passam voando. Então há muitas e muitas coisas a serem ditas e o faremos na medida do possível. Mesmo assim muitas serão perdidas, mas cada um poderá encontrá-las e tirar suas próprias conclusões, como sempre (detalhe que O Retorno do Rei é o único terceiro filme de trilogias que é considerado o melhor de uma série).
É preciso saber que Tolkien não era apenas alguém com grande imaginação, mas era um grande estudioso e filósofo, que usou de seu talento como escritor para contar não apenas uma história fictícia, mas uma parábola da humanidade. O Senhor dos Anéis foi escrito depois de O Hobbit e O Silmarillion, sendo que este último ele não conseguiu publicar em vida. Isso nos faz entender que O Senhor dos Anéis foi muito bem pensado antes de ser escrito, portanto não foi algo à toa. Isso é importante para sabermos que a história é mais do que uma simples fantasia, é algo relacionado com uma realidade maior e mais palpável. Todos os romances são baseados na realidade, em maior ou menor escala, e este não foi diferente. Importante citar que Tolkien era um cristão fervoroso, então podemos identificar várias alegorias ao cristianismo em maior ou menor escala, embora não o façamos nesta análise.
A história todos conhecem. Milhares de anos antes, anéis de poder foram entregues aos líderes de diversas raças por Sauron. Todavia, este criou o Um Anel para controlar todos os outros e seus portadores. E as guerras começaram, com Sauron sendo destruído - apenas seu corpo - quando Isildur lhe corta os dedos, lhe arrancando assim o Um Anel. 2500 anos depois, Bilbo Bolseiro, um Hobbit, o encontra e o anel fica sob sua guarda. Todavia o espírito de Sauron sobrevivera e o anel acorda, querendo voltar para seu mestre. Sauron sai em busca de seu tesouro e Frodo, agora em posse do anel, parte numa jornada até a Montanha da Perdição, em Mordor, para destruí-lo, sendo esta a única maneira de fazê-lo.
Uma sociedade é criada (A Sociedade do Anel), com Homens, Hobbits, Anões e Elfos, liderados por Gandalf, o cinzento, para esta jornada. Todavia Sauron consegue corromper e controlar Saruman, o branco, até então amigo de Gandalf, e este tem total controle sobre Orcs e bárbaros. Os antigos reis humanos, agora corrompidos e obcecados pelo Um Anel, também são controlados por Sauron. A jornada tem altos e baixos, com comemorações e lamentos, e se torna cada vez mais complicada, especialmente quando a sociedade acaba desfeita. E o filme se desenrola. Veja o trailer da trilogia:
TERRA-MÉDIA
A parte principal da Terra-Média nada mais é que a Europa há muito tempo esquecida. Se fizermos cálculos e comparações geológicas, veremos que ambas se sobrepõem. O próprio Tolkien enfatizou e muito este fato de a Terra-Média fazer parte de nosso passado, exatamente 600 mil anos atrás. Em O Silmarillion temos sua história sendo contada desde o início dos tempos e podemos encontrar coisas interessantes que "coincidem" com nosso passado e com fatos que ocorreram há muito tempo, ou mesmo, nos séculos atuais. Númenor é um exemplo clássico, em que esta ilha acabou afundando, nos levando diretamente à queda de Atlântida.
Obviamente, apesar de Tolkien dizer que o mundo em o Senhor dos Anéis é o nosso, as datas são postas de maneira a parecerem distantes demais para podermos simplesmente cogitar identificá-las em nossa história verdadeira. Isso nos serve especialmente para não focarmos apenas no nosso passado, mas nas alegorias que nos são mostradas também sobre o nosso presente. E elas são muitas. O fato de Tolkien ter se inspirado também em diversos contos (alguns mais reais do que se pode admitir) antigos nos auxilia a pôr mais veracidade em nossos entendimentos pessoais.
HOMENS
Podemos encontrar a descrição da humanidade em duas raças, a primeira a própria raça dos Homens. Em completa decadência e sem nenhuma esperança, os Homens são tidos como degenerados, corrompíveis e sem futuro, fadados à sua própria destruição. Seus reinos, Gondor e Rohan são apenas resquícios do que um dia foi grandeza e podemos notar isso pelos seus próprios regentes. Em Rohan encontramos Théoden, agora um ancião sob a manipulação de Saruman e Gríma Língua-de-Cobra. Aqui nos é mostrada a fraqueza de nossos governantes, totalmente influenciáveis e fantoches nas mãos de terceiros. E apenas Gandalf consegue libertá-lo, todavia sua consciência ainda guardando resquícios do pessimismo de sempre em encarar o mundo.
Quando vamos para Gondor encontramos as Minas Tirith, a cidade branca, uma das maravilhas do mundo. Todavia as aparências enganam e a queda do homem aqui é compreendida quando encontramos seu regente atual: Denethor, com seus problemas familiares e total usurpação do trono. Vemos então a complexidade de suas relações quando Faramir, filho caçula, é renegado em favor de Boromir, seu primogênito. A falta de união da humanidade é sentida quando Denethor não aceita a ajuda de Rohan. E embora Gandalf insista que todas as esperanças devem ser depositadas nos Homens, todos têm completa convicção de que eles são fracos, dispersos e sem um líder de verdade.
É o que temos hoje em dia, querido leitor, uma humanidade sem sentido, dispersada, cada um por si. Sem grandes líderes, sem grandes ideais, sem grandes esperanças. Foi-se o tempo em que havia algum propósito nesta vida. A humanidade enfrenta sua queda, caindo em sua involução. As belezas do mundo não são o bastante para trazer alguma luz aos Homens, apenas uma falsa sensação de equilíbrio.
NAZGÛL
Os cavaleiros negros já tinham sido reis dos Homens. Sempre em busca de poder, acabaram sendo corrompidos pelos 9 anéis que lhes foram concedidos, ficando então obcecados por mais e mais poder. Sua busca pelo Um Anel é tão intensa que não dormem, não comem, não pensam em nada a não ser em sua busca. Vemos neles a nossa elite mundial. Homens e mulheres em busca do poder, do controle e da supremacia, não medindo esforços para alcançarem seus objetivos. Fazendo acordos para adquirir tecnologias e conhecimento, e por conseguinte, mais poder.
A nossa elite sempre deteve o conhecimento. No século passado conseguiram a tecnologia. Ambos vindos de fora e em troca de nossas almas. Tanto conhecimento quanto tecnologia são os 9 anéis do poder. Ambos corromperam nossos líderes e os tornaram pessoas sem coração, frios e automáticos, não dando valia à vida e ao mundo ao redor. Os Nazgûl não se cansam jamais. Nossa elite tampouco. Eles representam simplesmente a corrupção do nossos "líderes", depois mostrada com Boromir, sucessor de Denethor.
ELFOS
Os Elfos podem ser considerados nossos vizinhos de fora ou seres mais evoluídos, daqui ou não. Guias elevados e iluminados nos auxiliando em nossas jornadas. Vemos isso claramente nas figuras de Elrond e Galadriel. Ambos estão sempre presentes para trazer alguma luz aos Homens e Hobbits, todavia não pertencem mais à Terra-Média, que já não consegue mais abrigar suas luzes. Isso é muito imporante, querido leitor, pois os Elfos representam mestres ascensos. Sua beleza, calma, sabedoria nos olhares e completa integração com suas próprias luzes. Podemos ver isso, por exemplo, quando a Sociedade do Anel chega à Lothlórien e encontra Galadriel. Perceba a luminosidade de seus corpos (Também notem que se comunicam por telepatia).
Sendo então essa representação de mestres ascensos que já transcenderam seus corpos, os Elfos acabam partindo das praias cinzentas rumo ao oeste para terras imortais. Este é um caminho inevitável, pois a Terra-Média já não pode mais suportar seus corpos, por isso devem partir. É o mesmo que acontece quando uma pessoa chega a um nível vibratório, ou quando o planeta estanca, mais elevado que o mundo onde habita, é necessário partir para abrigar sua luz. Obviamente aqui esta representação é limitada e na forma puramente material de sua existência. Mas de qualquer forma é evidente. Isso também nos serve para visualizar que mesmo na elevação, ainda não há total perfeição. A perfeição mesmo só existe na fonte de tudo o que é. E os Elfos nos mostram isso. Note o momento em que Galadriel se vê tentada pelo anel, mas consegue manter-se firme. Isso, querido leitor, é para nos mostrar que as trevas não rodeiam somente a nós, neste mundo pesado e distorcido, mas também pode chegar a lugares mais elevados. A diferença é a forma como lidamos com ela. Mantendo-se na luz, completamente entregues a ela, as sombras não nos atingem. Esse é o ponto. A dualidade não é exclusiva deste mundo. Não se pode cair nesta limitação.
ANÕES
Os Anões podem ser compreendidos como os elementais da terra. São geralmente ferreiros ou mineradores, inigualáveis até mesmo pelos Elfos em algumas de suas artes. Portanto detém sabedoria em lidar com seu elemento, a terra. Embora seu papel na trilogia se detenha apenas a Gimli, o fato de sua citação abre algumas brechas para conjecturas a seu respeito.
HOBBITS
Quem são os Hobbits? Somos nós mesmos, querido leitor. Ou melhor, como deveríamos ser. Os Hobbits são uma raça sem preocupações, vivendo isolada, mas totalmente independente, bastando-se a si mesma. Festejam, divertem-se, bebem e compartilham. Vivem descalços, uma forma de mostrar desapego. Há certa inocência primordial em seus olhos e risos. O Hobbits são a esperança do mundo, mesmo não tendo qualquer tipo de pensamento direcionado a isso. Os quatro pequeninos da Sociedade só têm como único objetivo terminar suas missões e voltar para casa. O Condado, tão discreto, é sua paixão e eles respeitam seu lar.
Também representam o poder latente em cada um, independente de seu tamanho ou limitações. São eles, pequeninos e frágeis, quem salvam o mundo. São eles, desconhecidos da maior parte da Terra-Média, que realmente conseguem chegar a Mordor. São eles que seguem em frente, sempre, em busca de concluir o que estão destinados a fazer. São a raça humana que deveria existir. O companheirismo presente entre Frodo, Sam, Merry, Pippin e Bilbo mostra que a ligação entre eles é forte e pode sobreviver a todas as adversidades. Ao nos transmitir como referência a fragilidade que seu tamanho nos passa, Tolkien está dando um cutucão na nossa humanidade: "Eles são pequeninos e salvaram o mundo. Qual a sua desculpa?"
ORCS
A origem dos Orcs nunca foi totalmente definida por Tolkien, mas sugere-se que seja a distorção de Elfos e Homens, introduzindo características animalescas e brutais. Podemos também considerá-los uma espécie de involução da humanidade. Muitas pessoas vêem neles uma alegoria dos reptilianos, mas como os Orcs não são muito inteligentes, podemos então descartar esta possibilidade, embora ainda seja interessante. Se usarmos da involução para identificá-los, podemos tirar algumas conclusões, a começar por seu fascínio por carne, inclusive sendo adeptos do canibalismo. À medida que o respeito à vida vai perdendo força, o ser acaba não se restringindo a mais nada, isso valendo ao consumo de carne de seres pensantes. Isso também pode ser entendido como sendo nossa involução, já que temos cérebros reptilianos. Sendo assim, quanto mais perdemos nossa humanidade, mais atitudes reptilianas nos afloram, independente do nosso grau de inteligência.
ENTS
Aqui Tolkien vai fundo e nos mostra que a natureza toda está cheia de vida, inclusive as vegetações. Ao transformar árvores em seres pensantes, Tolkien apenas nos mostra de forma indireta que a própria Terra é uma consciência viva, e que o respeito pela natureza precisa ser exercido corretamente, pois depois de muita degradação, ela, cansada, vai se levantar. Vemos isso quando os Ents se deparam com o desmatamento causado por Saruman, partindo então para a vingança. Uma hora, querido leitor, a natureza vai dizer basta. Nosso planeta está ascendendo e vai chacoalhar.
GANDALF
Gandalf tem um papel fundamental em toda a história, pois ele é o farol da comitiva do anel. Ele é um espírito angelical, um Istari, escolhido para ser um conselheiro dos Homens. Sua missão era a de guiar e trazer esclarecimento sobre a verdade no mundo.
Durante a 3ª Era da Terra-Média foi realizada uma reunião entre os Valar (espíritos superiores - outra representação de mestres ascensionados, aqui todavia mais literalmente) sobre o que fazer com relação à Terra-Média, pois os Valar ainda se preocupavam com o destino de Arda (mundo). A conclusão da reunião foi enviar seres de sua elevada ordem para combater na Terra-Média. Só que estes não poderiam se apresentar na sua forma de poder e esplendor que apresentavam em Valinor (terra imortal), então teriam que ir em corpos mortais.
Gandalf e Saruman são representações das sementes estelares, querido leitor. Espíritos mais evoluídos e antigos de outros mundos que encarnaram em corpos humanos para realizarem suas missões. E, como acontece em nosso mundo, alguns acabam se perdendo, como Saruman, por exemplo. Já Gandalf - que por sinal é meu personagem favorito da série - mantém-se fiel do começo ao fim ao seu propósito. Ainda em corpo humano, no começo está limitado. Ele é o cinzento. Quando desperta de vez, tornar-se Gandalf, o branco e finalmente descobre quem é. Percebemos isso quando ele reaparece depois do confronto com Balrog e é chamado de Gandalf. "Gandalf? Costumavam me chamar assim..." Isso é porque descobriu que não era Gandalf, mas um espírito evoluído e aquele era apenas um corpo e um nome.
O mago é o conselheiro, aquele que esclarece e discerne sobre os principais assuntos e verdades do mundo. Essa é sua missão, a de trazer um pouco de luz aos corações dos Homens, aqui representados também pelos Hobbits. Ele entende a importância de cada um naquele processo, sabendo que todos têm o mesmo peso na balança. Sabe do potencial dos Hobbits e sabe da liderança de Aragorn. É o sábio.
Frodo: É uma pena que Bilbo não tenha se livrado dele (Sméagol) quando teve a chance.
Gandalf: Pena? Foi a pena que segurou a mão de Bilbo. Muitos que vivem merecem morrer e alguns que morrem merecem viver. Pode resolver essa situação, Frodo? Não seja tão apressado em julgar os outros. Nem os mais sábios conseguem ver o quadro todo. Meu coração diz que Gollum ainda tem um papel a cumprir para o bem e para o mal. A piedade de Bilbo pode governar o destino de muitos.
Frodo: Queria que o anel nunca tivesse sido dado a mim. E que nada disso tivesse acontecido.
Gandalf: Assim como todos que testemunham tempos como este, mas não cabe a eles decidir. O que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado. Há outras forças em andamento neste mundo além das forças do mal. Bilbo estava destinado a encontrar o anel, e assim você estava destiná-lo a tê-lo. E este é um pensamento encorajador.
ARAGORN
Ele é a esperança viva, o líder prometido dos Homens. Aquele que vai reinstalar a ordem no mundo. Ao longo da história muitos líderes surgiram e agora o mundo dos Homens carecia de algum. Isso é exatamente o que acontece em nossa época, querido leitor. Como grande parte dos grandes líderes, Aragorn a princípio se recusa a desempenhar o papel que nasceu para fazê-lo. Mas seu espírito o move para essa direção. Aos poucos ele, mesmo sem perceber, começa a agir como um verdadeiro comandante, um verdadeiro Rei. A esperança depositada nele por Gandalf, que, por ser um sábio, consegue enxergar a verdade em Aragorn, nunca foi à toa.
Suas motivações são a restauração de Gondor e seu amor por Arwen, embora tenha desistido dela por sua natureza imortal. Mesmo diante das piores circunstâncias, porém, ainda assim consegue manter a mente fria e o coração firme para enfrentar todas as dificuldades. Ainda que não se esforçando para tanto, acaba recebendo o reconhecimento de todos ao redor por suas habilidades de comando. Ao liderar os exércitos da aliança, prova não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua atitude de um verdadeiro rei, ao ser o primeiro na linha de ataque.
Em nosso mundo já não há mais líderes como outrora. E aqueles com potencial para tanto não são guiados corretamente. Isso é complicado, querido leitor, mas nós estamos aqui justamente para isso, para mostrarmos o caminho aos que vierem. Tudo o que aprendemos e vivenciamos nesta transição planetária não é em vão. Viemos para trazermos o vento da mudança. Assim como Aragorn, que não se sentia um líder, muitos estão estancados por falta de uma luz no caminho.
"Sempre há esperança"
(Aragorn)
FRODO E SAM
Tolkien e Jackson tiveram um cuidado especial na representação dos dois. Frodo é aquele que carrega o fardo, cuja missão é ir até as últimas consequências. Ele representa a pureza sendo corrompida. Ao longo da jornada o anel exerce influência aguda em seu coração, mudando sua personalidade e comportamento, tirando suas forças e seu alento de viver. Na Montanha da Perdição, ele fraqueja e sucumbe ao poder do anel. Ele é a humanidade perdendo a inocência e caindo das trevas do Ego: "O Anel é Meu!".
Sam, ao contrário, é a pureza e inocência da humanidade mantendo-se firme mesmo diante das trevas. É o poder de nunca desistir, de nunca perder o foco, de seguir mesmo diante de nossos piores monstros. Sam representa o fio da esperança que os Homens não têm. A amizade de ambos, que para os mais limitados cabeçudinhos soou como "colorida", é na verdade a prova de que a união supera qualquer barreira e que sustenta nossas pernas, nos mantendo em pé. A humanidade dissipada não tem forças. Frodo e Sam representam a humanidade unida, os seres humanos apoiando-se mutualmente e confrontando seus demônios sem nunca fraquejarem. É uma lição muito forte que nos é dada no filme, e que poucos conseguiram assimilar.
Enquanto Frodo fica mais fraco à medida que se aproximam de Mordor, Sam fica cada vez mais forte, servindo de apoio, de muleta e de ar para seu amigo. Aqui vemos então, querido leitor, que quando a união se estabelece, sempre há alguém para cobrir as lacunas que por ventura surjam. Sempre há alguém para terminar o que não se conseguiu. Na união há um equilíbrio que mantém a vida em ordem.
Sam: É como nas grandes histórias sr. Frodo. As realmente importantes. Eram cheias de perigo e escuridão. E às vezes nem se queria saber o final. Por que como o fim poderia ser feliz? Como o mundo poderia voltar a ser o que sempre foi quando tanta coisa ruim acontecia? Mas no final é algo que passará, essa sombra, até mesmo a escuridão acabará. Um novo dia virá. E quando o sol nascer ele brilhará ainda mais. Essas eram as histórias que ficavam com a gente, que significavam alguma coisa, mesmo quando eu era pequeno demais para entender por quê. Mas eu acho, sr. Frodo, que eu entendo. Agora eu já sei. As pessoas daquelas histórias tiveram muitas chances para desistir, mas não desistiram. Elas foram em frente porque estavam se agarrando a alguma coisa.
Frodo: A que estamos nos agarrando, Sam?
Sam: Que há algo de bom neste mundo, sr. Frodo. Algo pelo qual vale a pena lutar.
SMÉAGOL / GOLLUM
Se por um lado os Nazgûl representam a Elite global, nossos "líderes" corrompendo-se pelo poder, e os Orcs, como uma involução, animalidade, Sméagol representa a fase incompleta da distorção, em que os sentimentos humanos e a dualidade ainda estão presentes em certo equilíbrio de forma explícita. Gollum é o lado negativo, preso aos vícios sentimentais da raiva e do rancor, e obcecado pelo anel. Sméagol, ao contrário, apesar de ainda estar ligado à presença do anel, mantém um pouco de sua humanidade, demonstrando até certa amizade e bondade. Sméagol / Gollum representa o conflito interior humano. O altruísmo e o egoísmo.
De fato, é uma batalha dura que Sméagol trava consigo mesmo. É a batalha dos egos. Gollum pode ser considerado o Ego de Sméagol. Ele incita, sussurra no ouvido e engana sua mente. Todavia, aqui também é mostrado que quando confrontado, o Ego pode ser expulso. Por algum tempo, quando o exterior não o influenciava negativamente, Sméagol conseguiu se controlar. Mas sua fraqueza em relação ao externo acaba fazendo com que Gollum acordasse e tomasse novamente controle. Ele é a humanidade moderna, cheia de conflitos egóicos e dependência do exterior.
A nossa busca por nós mesmos sempre acaba infrutífera quando damos mais atenção ao que vem de fora do que ao que vem dentro. O Ego só existe quando nosso foco é exterior, pois é para isso que ele serve, para servir de intérprete do que o externo nos envia. Sméagol se rende a Gollum quando pensa ter sido traído por Frodo ao ser capturado por Faramir. Veja, querido leitor, que Sméagol está presente em toda a humanidade, em todos os seus confrontos interiores, em todas as suas dúvidas. Sua complexidade se ajusta perfeitamente à nossa.
"Meu precioso..."
(Gollum)
SAURON
O Senhor do Escuro obviamente representa o Mal puro, o outro lado da Dualidade. Ao forjar os anéis do poder, sua intenção sempre fora a de controlar todas as raças por meio deles, criando para si mesmo o Um Anel. Após ter perdido o corpo, seu espírito continuou vivo e se fortalecendo, instalando-se novamente em Mordor. Sauron representa o controle absoluto na matéria, responsável por segurar os cordões e manusear seus fantoches em seu jogo de poder. E ele é representado como, querido leitor? O Olho Que Tudo Vê.
Não é coincidência, querido leitor. Já falamos que Tolkien sabia muito bem o que estava fazendo. O fato de o olho ser reptiliano também é bastante sugestivo. E sem querer insinuar nada, mais dê uma olhada: Sauron - Saurós - Sauro - Lagarto - Réptil. Curioso, não? Mas o fato é que o olho representa o poder, advindo da visão ilimitada do terceiro olho. Isto é, a visão é o conhecimento. Conhecimento é poder. Desta forma, quem usa apenas o terceiro olho e se esquece do coração, acaba se viciando. A visão é o poder, o coração é o amor.
Três Anéis para os Reis - Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores - Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
FINALIZANDO...
Poderíamos citar várias outras coisas como Éowyn quebrando barreiras ao ser a primeira mulher num exército, a citação de Saruman: "uma Nova Ordem irá nascer", a árvore branca em Minas Tirith (referência à Árvore do Conhecimento e mais um monte de coisas), mas cada um consegue encontrar algo de interessante. A trilogia O Senhor dos Anéis é uma grande viagem para um mundo que conseguimos nos identificar facilmente. E, assim como o livro, nos remete à nossa própria história. Merece ser assistido várias e várias vezes, pois em cada uma, se descobre algo novo.
Fonte Saindo da Matrix
Obviamente você, querido leitor, já deve ter assistido ao filme (até nas Plêiades se brincar já o fizeram!), então não precisaremos nos focar no enredo. São mais de 9 horas de uma história rica em detalhes, imaginação e coração, que passam voando. Então há muitas e muitas coisas a serem ditas e o faremos na medida do possível. Mesmo assim muitas serão perdidas, mas cada um poderá encontrá-las e tirar suas próprias conclusões, como sempre (detalhe que O Retorno do Rei é o único terceiro filme de trilogias que é considerado o melhor de uma série).
É preciso saber que Tolkien não era apenas alguém com grande imaginação, mas era um grande estudioso e filósofo, que usou de seu talento como escritor para contar não apenas uma história fictícia, mas uma parábola da humanidade. O Senhor dos Anéis foi escrito depois de O Hobbit e O Silmarillion, sendo que este último ele não conseguiu publicar em vida. Isso nos faz entender que O Senhor dos Anéis foi muito bem pensado antes de ser escrito, portanto não foi algo à toa. Isso é importante para sabermos que a história é mais do que uma simples fantasia, é algo relacionado com uma realidade maior e mais palpável. Todos os romances são baseados na realidade, em maior ou menor escala, e este não foi diferente. Importante citar que Tolkien era um cristão fervoroso, então podemos identificar várias alegorias ao cristianismo em maior ou menor escala, embora não o façamos nesta análise.
A história todos conhecem. Milhares de anos antes, anéis de poder foram entregues aos líderes de diversas raças por Sauron. Todavia, este criou o Um Anel para controlar todos os outros e seus portadores. E as guerras começaram, com Sauron sendo destruído - apenas seu corpo - quando Isildur lhe corta os dedos, lhe arrancando assim o Um Anel. 2500 anos depois, Bilbo Bolseiro, um Hobbit, o encontra e o anel fica sob sua guarda. Todavia o espírito de Sauron sobrevivera e o anel acorda, querendo voltar para seu mestre. Sauron sai em busca de seu tesouro e Frodo, agora em posse do anel, parte numa jornada até a Montanha da Perdição, em Mordor, para destruí-lo, sendo esta a única maneira de fazê-lo.
Uma sociedade é criada (A Sociedade do Anel), com Homens, Hobbits, Anões e Elfos, liderados por Gandalf, o cinzento, para esta jornada. Todavia Sauron consegue corromper e controlar Saruman, o branco, até então amigo de Gandalf, e este tem total controle sobre Orcs e bárbaros. Os antigos reis humanos, agora corrompidos e obcecados pelo Um Anel, também são controlados por Sauron. A jornada tem altos e baixos, com comemorações e lamentos, e se torna cada vez mais complicada, especialmente quando a sociedade acaba desfeita. E o filme se desenrola. Veja o trailer da trilogia:
TERRA-MÉDIA
A parte principal da Terra-Média nada mais é que a Europa há muito tempo esquecida. Se fizermos cálculos e comparações geológicas, veremos que ambas se sobrepõem. O próprio Tolkien enfatizou e muito este fato de a Terra-Média fazer parte de nosso passado, exatamente 600 mil anos atrás. Em O Silmarillion temos sua história sendo contada desde o início dos tempos e podemos encontrar coisas interessantes que "coincidem" com nosso passado e com fatos que ocorreram há muito tempo, ou mesmo, nos séculos atuais. Númenor é um exemplo clássico, em que esta ilha acabou afundando, nos levando diretamente à queda de Atlântida.
Obviamente, apesar de Tolkien dizer que o mundo em o Senhor dos Anéis é o nosso, as datas são postas de maneira a parecerem distantes demais para podermos simplesmente cogitar identificá-las em nossa história verdadeira. Isso nos serve especialmente para não focarmos apenas no nosso passado, mas nas alegorias que nos são mostradas também sobre o nosso presente. E elas são muitas. O fato de Tolkien ter se inspirado também em diversos contos (alguns mais reais do que se pode admitir) antigos nos auxilia a pôr mais veracidade em nossos entendimentos pessoais.
HOMENS
Podemos encontrar a descrição da humanidade em duas raças, a primeira a própria raça dos Homens. Em completa decadência e sem nenhuma esperança, os Homens são tidos como degenerados, corrompíveis e sem futuro, fadados à sua própria destruição. Seus reinos, Gondor e Rohan são apenas resquícios do que um dia foi grandeza e podemos notar isso pelos seus próprios regentes. Em Rohan encontramos Théoden, agora um ancião sob a manipulação de Saruman e Gríma Língua-de-Cobra. Aqui nos é mostrada a fraqueza de nossos governantes, totalmente influenciáveis e fantoches nas mãos de terceiros. E apenas Gandalf consegue libertá-lo, todavia sua consciência ainda guardando resquícios do pessimismo de sempre em encarar o mundo.
Quando vamos para Gondor encontramos as Minas Tirith, a cidade branca, uma das maravilhas do mundo. Todavia as aparências enganam e a queda do homem aqui é compreendida quando encontramos seu regente atual: Denethor, com seus problemas familiares e total usurpação do trono. Vemos então a complexidade de suas relações quando Faramir, filho caçula, é renegado em favor de Boromir, seu primogênito. A falta de união da humanidade é sentida quando Denethor não aceita a ajuda de Rohan. E embora Gandalf insista que todas as esperanças devem ser depositadas nos Homens, todos têm completa convicção de que eles são fracos, dispersos e sem um líder de verdade.
É o que temos hoje em dia, querido leitor, uma humanidade sem sentido, dispersada, cada um por si. Sem grandes líderes, sem grandes ideais, sem grandes esperanças. Foi-se o tempo em que havia algum propósito nesta vida. A humanidade enfrenta sua queda, caindo em sua involução. As belezas do mundo não são o bastante para trazer alguma luz aos Homens, apenas uma falsa sensação de equilíbrio.
NAZGÛL
Os cavaleiros negros já tinham sido reis dos Homens. Sempre em busca de poder, acabaram sendo corrompidos pelos 9 anéis que lhes foram concedidos, ficando então obcecados por mais e mais poder. Sua busca pelo Um Anel é tão intensa que não dormem, não comem, não pensam em nada a não ser em sua busca. Vemos neles a nossa elite mundial. Homens e mulheres em busca do poder, do controle e da supremacia, não medindo esforços para alcançarem seus objetivos. Fazendo acordos para adquirir tecnologias e conhecimento, e por conseguinte, mais poder.
A nossa elite sempre deteve o conhecimento. No século passado conseguiram a tecnologia. Ambos vindos de fora e em troca de nossas almas. Tanto conhecimento quanto tecnologia são os 9 anéis do poder. Ambos corromperam nossos líderes e os tornaram pessoas sem coração, frios e automáticos, não dando valia à vida e ao mundo ao redor. Os Nazgûl não se cansam jamais. Nossa elite tampouco. Eles representam simplesmente a corrupção do nossos "líderes", depois mostrada com Boromir, sucessor de Denethor.
ELFOS
Os Elfos podem ser considerados nossos vizinhos de fora ou seres mais evoluídos, daqui ou não. Guias elevados e iluminados nos auxiliando em nossas jornadas. Vemos isso claramente nas figuras de Elrond e Galadriel. Ambos estão sempre presentes para trazer alguma luz aos Homens e Hobbits, todavia não pertencem mais à Terra-Média, que já não consegue mais abrigar suas luzes. Isso é muito imporante, querido leitor, pois os Elfos representam mestres ascensos. Sua beleza, calma, sabedoria nos olhares e completa integração com suas próprias luzes. Podemos ver isso, por exemplo, quando a Sociedade do Anel chega à Lothlórien e encontra Galadriel. Perceba a luminosidade de seus corpos (Também notem que se comunicam por telepatia).
Sendo então essa representação de mestres ascensos que já transcenderam seus corpos, os Elfos acabam partindo das praias cinzentas rumo ao oeste para terras imortais. Este é um caminho inevitável, pois a Terra-Média já não pode mais suportar seus corpos, por isso devem partir. É o mesmo que acontece quando uma pessoa chega a um nível vibratório, ou quando o planeta estanca, mais elevado que o mundo onde habita, é necessário partir para abrigar sua luz. Obviamente aqui esta representação é limitada e na forma puramente material de sua existência. Mas de qualquer forma é evidente. Isso também nos serve para visualizar que mesmo na elevação, ainda não há total perfeição. A perfeição mesmo só existe na fonte de tudo o que é. E os Elfos nos mostram isso. Note o momento em que Galadriel se vê tentada pelo anel, mas consegue manter-se firme. Isso, querido leitor, é para nos mostrar que as trevas não rodeiam somente a nós, neste mundo pesado e distorcido, mas também pode chegar a lugares mais elevados. A diferença é a forma como lidamos com ela. Mantendo-se na luz, completamente entregues a ela, as sombras não nos atingem. Esse é o ponto. A dualidade não é exclusiva deste mundo. Não se pode cair nesta limitação.
ANÕES
Os Anões podem ser compreendidos como os elementais da terra. São geralmente ferreiros ou mineradores, inigualáveis até mesmo pelos Elfos em algumas de suas artes. Portanto detém sabedoria em lidar com seu elemento, a terra. Embora seu papel na trilogia se detenha apenas a Gimli, o fato de sua citação abre algumas brechas para conjecturas a seu respeito.
HOBBITS
Quem são os Hobbits? Somos nós mesmos, querido leitor. Ou melhor, como deveríamos ser. Os Hobbits são uma raça sem preocupações, vivendo isolada, mas totalmente independente, bastando-se a si mesma. Festejam, divertem-se, bebem e compartilham. Vivem descalços, uma forma de mostrar desapego. Há certa inocência primordial em seus olhos e risos. O Hobbits são a esperança do mundo, mesmo não tendo qualquer tipo de pensamento direcionado a isso. Os quatro pequeninos da Sociedade só têm como único objetivo terminar suas missões e voltar para casa. O Condado, tão discreto, é sua paixão e eles respeitam seu lar.
Também representam o poder latente em cada um, independente de seu tamanho ou limitações. São eles, pequeninos e frágeis, quem salvam o mundo. São eles, desconhecidos da maior parte da Terra-Média, que realmente conseguem chegar a Mordor. São eles que seguem em frente, sempre, em busca de concluir o que estão destinados a fazer. São a raça humana que deveria existir. O companheirismo presente entre Frodo, Sam, Merry, Pippin e Bilbo mostra que a ligação entre eles é forte e pode sobreviver a todas as adversidades. Ao nos transmitir como referência a fragilidade que seu tamanho nos passa, Tolkien está dando um cutucão na nossa humanidade: "Eles são pequeninos e salvaram o mundo. Qual a sua desculpa?"
ORCS
A origem dos Orcs nunca foi totalmente definida por Tolkien, mas sugere-se que seja a distorção de Elfos e Homens, introduzindo características animalescas e brutais. Podemos também considerá-los uma espécie de involução da humanidade. Muitas pessoas vêem neles uma alegoria dos reptilianos, mas como os Orcs não são muito inteligentes, podemos então descartar esta possibilidade, embora ainda seja interessante. Se usarmos da involução para identificá-los, podemos tirar algumas conclusões, a começar por seu fascínio por carne, inclusive sendo adeptos do canibalismo. À medida que o respeito à vida vai perdendo força, o ser acaba não se restringindo a mais nada, isso valendo ao consumo de carne de seres pensantes. Isso também pode ser entendido como sendo nossa involução, já que temos cérebros reptilianos. Sendo assim, quanto mais perdemos nossa humanidade, mais atitudes reptilianas nos afloram, independente do nosso grau de inteligência.
ENTS
Aqui Tolkien vai fundo e nos mostra que a natureza toda está cheia de vida, inclusive as vegetações. Ao transformar árvores em seres pensantes, Tolkien apenas nos mostra de forma indireta que a própria Terra é uma consciência viva, e que o respeito pela natureza precisa ser exercido corretamente, pois depois de muita degradação, ela, cansada, vai se levantar. Vemos isso quando os Ents se deparam com o desmatamento causado por Saruman, partindo então para a vingança. Uma hora, querido leitor, a natureza vai dizer basta. Nosso planeta está ascendendo e vai chacoalhar.
GANDALF
Gandalf tem um papel fundamental em toda a história, pois ele é o farol da comitiva do anel. Ele é um espírito angelical, um Istari, escolhido para ser um conselheiro dos Homens. Sua missão era a de guiar e trazer esclarecimento sobre a verdade no mundo.
Durante a 3ª Era da Terra-Média foi realizada uma reunião entre os Valar (espíritos superiores - outra representação de mestres ascensionados, aqui todavia mais literalmente) sobre o que fazer com relação à Terra-Média, pois os Valar ainda se preocupavam com o destino de Arda (mundo). A conclusão da reunião foi enviar seres de sua elevada ordem para combater na Terra-Média. Só que estes não poderiam se apresentar na sua forma de poder e esplendor que apresentavam em Valinor (terra imortal), então teriam que ir em corpos mortais.
Gandalf e Saruman são representações das sementes estelares, querido leitor. Espíritos mais evoluídos e antigos de outros mundos que encarnaram em corpos humanos para realizarem suas missões. E, como acontece em nosso mundo, alguns acabam se perdendo, como Saruman, por exemplo. Já Gandalf - que por sinal é meu personagem favorito da série - mantém-se fiel do começo ao fim ao seu propósito. Ainda em corpo humano, no começo está limitado. Ele é o cinzento. Quando desperta de vez, tornar-se Gandalf, o branco e finalmente descobre quem é. Percebemos isso quando ele reaparece depois do confronto com Balrog e é chamado de Gandalf. "Gandalf? Costumavam me chamar assim..." Isso é porque descobriu que não era Gandalf, mas um espírito evoluído e aquele era apenas um corpo e um nome.
O mago é o conselheiro, aquele que esclarece e discerne sobre os principais assuntos e verdades do mundo. Essa é sua missão, a de trazer um pouco de luz aos corações dos Homens, aqui representados também pelos Hobbits. Ele entende a importância de cada um naquele processo, sabendo que todos têm o mesmo peso na balança. Sabe do potencial dos Hobbits e sabe da liderança de Aragorn. É o sábio.
Frodo: É uma pena que Bilbo não tenha se livrado dele (Sméagol) quando teve a chance.
Gandalf: Pena? Foi a pena que segurou a mão de Bilbo. Muitos que vivem merecem morrer e alguns que morrem merecem viver. Pode resolver essa situação, Frodo? Não seja tão apressado em julgar os outros. Nem os mais sábios conseguem ver o quadro todo. Meu coração diz que Gollum ainda tem um papel a cumprir para o bem e para o mal. A piedade de Bilbo pode governar o destino de muitos.
Frodo: Queria que o anel nunca tivesse sido dado a mim. E que nada disso tivesse acontecido.
Gandalf: Assim como todos que testemunham tempos como este, mas não cabe a eles decidir. O que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado. Há outras forças em andamento neste mundo além das forças do mal. Bilbo estava destinado a encontrar o anel, e assim você estava destiná-lo a tê-lo. E este é um pensamento encorajador.
ARAGORN
Ele é a esperança viva, o líder prometido dos Homens. Aquele que vai reinstalar a ordem no mundo. Ao longo da história muitos líderes surgiram e agora o mundo dos Homens carecia de algum. Isso é exatamente o que acontece em nossa época, querido leitor. Como grande parte dos grandes líderes, Aragorn a princípio se recusa a desempenhar o papel que nasceu para fazê-lo. Mas seu espírito o move para essa direção. Aos poucos ele, mesmo sem perceber, começa a agir como um verdadeiro comandante, um verdadeiro Rei. A esperança depositada nele por Gandalf, que, por ser um sábio, consegue enxergar a verdade em Aragorn, nunca foi à toa.
Suas motivações são a restauração de Gondor e seu amor por Arwen, embora tenha desistido dela por sua natureza imortal. Mesmo diante das piores circunstâncias, porém, ainda assim consegue manter a mente fria e o coração firme para enfrentar todas as dificuldades. Ainda que não se esforçando para tanto, acaba recebendo o reconhecimento de todos ao redor por suas habilidades de comando. Ao liderar os exércitos da aliança, prova não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua atitude de um verdadeiro rei, ao ser o primeiro na linha de ataque.
Em nosso mundo já não há mais líderes como outrora. E aqueles com potencial para tanto não são guiados corretamente. Isso é complicado, querido leitor, mas nós estamos aqui justamente para isso, para mostrarmos o caminho aos que vierem. Tudo o que aprendemos e vivenciamos nesta transição planetária não é em vão. Viemos para trazermos o vento da mudança. Assim como Aragorn, que não se sentia um líder, muitos estão estancados por falta de uma luz no caminho.
"Sempre há esperança"
(Aragorn)
FRODO E SAM
Tolkien e Jackson tiveram um cuidado especial na representação dos dois. Frodo é aquele que carrega o fardo, cuja missão é ir até as últimas consequências. Ele representa a pureza sendo corrompida. Ao longo da jornada o anel exerce influência aguda em seu coração, mudando sua personalidade e comportamento, tirando suas forças e seu alento de viver. Na Montanha da Perdição, ele fraqueja e sucumbe ao poder do anel. Ele é a humanidade perdendo a inocência e caindo das trevas do Ego: "O Anel é Meu!".
Sam, ao contrário, é a pureza e inocência da humanidade mantendo-se firme mesmo diante das trevas. É o poder de nunca desistir, de nunca perder o foco, de seguir mesmo diante de nossos piores monstros. Sam representa o fio da esperança que os Homens não têm. A amizade de ambos, que para os mais limitados cabeçudinhos soou como "colorida", é na verdade a prova de que a união supera qualquer barreira e que sustenta nossas pernas, nos mantendo em pé. A humanidade dissipada não tem forças. Frodo e Sam representam a humanidade unida, os seres humanos apoiando-se mutualmente e confrontando seus demônios sem nunca fraquejarem. É uma lição muito forte que nos é dada no filme, e que poucos conseguiram assimilar.
Eu fiz uma promessa, sr. Frodo. Uma promessa. 'Não o deixe, Samwise Gamgee'. E não vou deixá-lo. Nunca pensei nisso."
(Sam)
(Sam)
Enquanto Frodo fica mais fraco à medida que se aproximam de Mordor, Sam fica cada vez mais forte, servindo de apoio, de muleta e de ar para seu amigo. Aqui vemos então, querido leitor, que quando a união se estabelece, sempre há alguém para cobrir as lacunas que por ventura surjam. Sempre há alguém para terminar o que não se conseguiu. Na união há um equilíbrio que mantém a vida em ordem.
Sam: É como nas grandes histórias sr. Frodo. As realmente importantes. Eram cheias de perigo e escuridão. E às vezes nem se queria saber o final. Por que como o fim poderia ser feliz? Como o mundo poderia voltar a ser o que sempre foi quando tanta coisa ruim acontecia? Mas no final é algo que passará, essa sombra, até mesmo a escuridão acabará. Um novo dia virá. E quando o sol nascer ele brilhará ainda mais. Essas eram as histórias que ficavam com a gente, que significavam alguma coisa, mesmo quando eu era pequeno demais para entender por quê. Mas eu acho, sr. Frodo, que eu entendo. Agora eu já sei. As pessoas daquelas histórias tiveram muitas chances para desistir, mas não desistiram. Elas foram em frente porque estavam se agarrando a alguma coisa.
Frodo: A que estamos nos agarrando, Sam?
Sam: Que há algo de bom neste mundo, sr. Frodo. Algo pelo qual vale a pena lutar.
SMÉAGOL / GOLLUM
Se por um lado os Nazgûl representam a Elite global, nossos "líderes" corrompendo-se pelo poder, e os Orcs, como uma involução, animalidade, Sméagol representa a fase incompleta da distorção, em que os sentimentos humanos e a dualidade ainda estão presentes em certo equilíbrio de forma explícita. Gollum é o lado negativo, preso aos vícios sentimentais da raiva e do rancor, e obcecado pelo anel. Sméagol, ao contrário, apesar de ainda estar ligado à presença do anel, mantém um pouco de sua humanidade, demonstrando até certa amizade e bondade. Sméagol / Gollum representa o conflito interior humano. O altruísmo e o egoísmo.
De fato, é uma batalha dura que Sméagol trava consigo mesmo. É a batalha dos egos. Gollum pode ser considerado o Ego de Sméagol. Ele incita, sussurra no ouvido e engana sua mente. Todavia, aqui também é mostrado que quando confrontado, o Ego pode ser expulso. Por algum tempo, quando o exterior não o influenciava negativamente, Sméagol conseguiu se controlar. Mas sua fraqueza em relação ao externo acaba fazendo com que Gollum acordasse e tomasse novamente controle. Ele é a humanidade moderna, cheia de conflitos egóicos e dependência do exterior.
A nossa busca por nós mesmos sempre acaba infrutífera quando damos mais atenção ao que vem de fora do que ao que vem dentro. O Ego só existe quando nosso foco é exterior, pois é para isso que ele serve, para servir de intérprete do que o externo nos envia. Sméagol se rende a Gollum quando pensa ter sido traído por Frodo ao ser capturado por Faramir. Veja, querido leitor, que Sméagol está presente em toda a humanidade, em todos os seus confrontos interiores, em todas as suas dúvidas. Sua complexidade se ajusta perfeitamente à nossa.
"Meu precioso..."
(Gollum)
SAURON
O Senhor do Escuro obviamente representa o Mal puro, o outro lado da Dualidade. Ao forjar os anéis do poder, sua intenção sempre fora a de controlar todas as raças por meio deles, criando para si mesmo o Um Anel. Após ter perdido o corpo, seu espírito continuou vivo e se fortalecendo, instalando-se novamente em Mordor. Sauron representa o controle absoluto na matéria, responsável por segurar os cordões e manusear seus fantoches em seu jogo de poder. E ele é representado como, querido leitor? O Olho Que Tudo Vê.
Não é coincidência, querido leitor. Já falamos que Tolkien sabia muito bem o que estava fazendo. O fato de o olho ser reptiliano também é bastante sugestivo. E sem querer insinuar nada, mais dê uma olhada: Sauron - Saurós - Sauro - Lagarto - Réptil. Curioso, não? Mas o fato é que o olho representa o poder, advindo da visão ilimitada do terceiro olho. Isto é, a visão é o conhecimento. Conhecimento é poder. Desta forma, quem usa apenas o terceiro olho e se esquece do coração, acaba se viciando. A visão é o poder, o coração é o amor.
Três Anéis para os Reis - Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores - Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
FINALIZANDO...
Poderíamos citar várias outras coisas como Éowyn quebrando barreiras ao ser a primeira mulher num exército, a citação de Saruman: "uma Nova Ordem irá nascer", a árvore branca em Minas Tirith (referência à Árvore do Conhecimento e mais um monte de coisas), mas cada um consegue encontrar algo de interessante. A trilogia O Senhor dos Anéis é uma grande viagem para um mundo que conseguimos nos identificar facilmente. E, assim como o livro, nos remete à nossa própria história. Merece ser assistido várias e várias vezes, pois em cada uma, se descobre algo novo.
Fonte Saindo da Matrix
quinta-feira, 17 de março de 2011
Um filme trash sobre o mundo do Super Mario Bros:
Essa é para quem é muito saudosista e que não liga para brincadeiras com as velhas lembranças. Que tal um filme do Super Mario Bros? Okey, esse filme já foi lançado em 1993 e é até hoje considerado uma das piores adaptações da história do mundo dos jogos eletrônicos.
Por isso foi criado uma versão trash do filme! Não, o filme não existe, mas seu trailer sim! A história retrata o cotidiano dramático do encanador Luigi, que divide suas horas consertando encanamentos na cidade e cuidando do seu irmão Mario, que é cadeirante e viciado em cogumelos.
A princesa Daisy é na verdade uma prostituta e o Bowser é seu cafetão, que constantemente a agride. Um dos charmes da produção é que Luigi é um pianista que estuda para entrar na Julliard, o maior instituto de música do mundo. Entre um take e outro, é possível ver Luigi tocando algumas das músicas que marcaram a trilha sonora do jogo da Nintendo.
Antecipando o que você verá no trailer, preste bem atenção nos personagens que aparecem no meio do caminho de Luigi, como a versão do Toad, que não aparenta nenhuma fofura e muito menos alguma salvação para os irmãos encanadores. Além disso, o filme faz algumas sátiras com as fantasias que Mário tem enquanto está sob efeito de seus cogumelos.
Nada de aventuras nos encanamentos, em planetas estelares, batalhas em castelos ou tartarugas voadoras. Uma ideia bem criativa para transportar o fantástico mundo de Mário Bros aos tempos atuais! Assista ao trailer, que conta com a legenda em português:
Por isso foi criado uma versão trash do filme! Não, o filme não existe, mas seu trailer sim! A história retrata o cotidiano dramático do encanador Luigi, que divide suas horas consertando encanamentos na cidade e cuidando do seu irmão Mario, que é cadeirante e viciado em cogumelos.
A princesa Daisy é na verdade uma prostituta e o Bowser é seu cafetão, que constantemente a agride. Um dos charmes da produção é que Luigi é um pianista que estuda para entrar na Julliard, o maior instituto de música do mundo. Entre um take e outro, é possível ver Luigi tocando algumas das músicas que marcaram a trilha sonora do jogo da Nintendo.
Antecipando o que você verá no trailer, preste bem atenção nos personagens que aparecem no meio do caminho de Luigi, como a versão do Toad, que não aparenta nenhuma fofura e muito menos alguma salvação para os irmãos encanadores. Além disso, o filme faz algumas sátiras com as fantasias que Mário tem enquanto está sob efeito de seus cogumelos.
Nada de aventuras nos encanamentos, em planetas estelares, batalhas em castelos ou tartarugas voadoras. Uma ideia bem criativa para transportar o fantástico mundo de Mário Bros aos tempos atuais! Assista ao trailer, que conta com a legenda em português:
segunda-feira, 14 de março de 2011
Um robô aranha gigantesco:
Perseverança e auto-suficiência podem ser os diferenciais para você se destacar dos demais. E Jaimie Mantzel sabe disso. Ele trabalhou sozinho no desenvolvimento e construção de um gigante robô em forma de aranha, construído debaixo de uma espécie de “garagem” de madeira, também construído apenas pelas mãos de Mantzel, e essa pode muito bem ser uma das provas de que “devagar se vai longe”.
A aranha mecânica de Mantzel tem aproximadamente 12 metros de altura, e é capaz de carregar um piloto humano, que pode controlar seus movimentos de forma plena. Uma coisa que impressiona na sua criação é que cada peça do robô foi moldada à mão, mostrando toda a dedicação que Mantzel teve no projeto. Ele teve o cuidado de registrar todo o processo de desenvolvimento em vídeo, e seu canal no YouTube tem hoje mais de dois milhões de visualizações.
Jaimie mostra como o projeto foi idealizado, desde o seu princípio. No seu primeiro vídeo, ele mostra um pequeno protótipo de como seria o robô a ser construído, e fez os registros em vídeo até o produto se transformar no monstro metálico que temos hoje. O robô de seis patas possui uma plataforma de controle no centro promove as rotaçãoes das pernas, direcionando o robô para a direção que o piloto desejar.
Já são mais de 3 anos de trabalho e dedicação de Mantzel no projeto, e seu próximo objetivo é fazer o robô levantar e caminhar, e o próprio criador afirma que essa é a fase mais assustadora da empreitada, uma vez que serão “seis passos de bebê em um robô de seis patas, dirigido por um controle remoto”. Se o produto parecer estável, Mantzel vai subir no robô. E o projeto já é tão bem sucedido que uma empresa britânica de brinquedos viu os vídeos do projeto, e planeja lançar uma versão menor do robô para comercialização.
A aranha mecânica de Mantzel tem aproximadamente 12 metros de altura, e é capaz de carregar um piloto humano, que pode controlar seus movimentos de forma plena. Uma coisa que impressiona na sua criação é que cada peça do robô foi moldada à mão, mostrando toda a dedicação que Mantzel teve no projeto. Ele teve o cuidado de registrar todo o processo de desenvolvimento em vídeo, e seu canal no YouTube tem hoje mais de dois milhões de visualizações.
Jaimie mostra como o projeto foi idealizado, desde o seu princípio. No seu primeiro vídeo, ele mostra um pequeno protótipo de como seria o robô a ser construído, e fez os registros em vídeo até o produto se transformar no monstro metálico que temos hoje. O robô de seis patas possui uma plataforma de controle no centro promove as rotaçãoes das pernas, direcionando o robô para a direção que o piloto desejar.
Já são mais de 3 anos de trabalho e dedicação de Mantzel no projeto, e seu próximo objetivo é fazer o robô levantar e caminhar, e o próprio criador afirma que essa é a fase mais assustadora da empreitada, uma vez que serão “seis passos de bebê em um robô de seis patas, dirigido por um controle remoto”. Se o produto parecer estável, Mantzel vai subir no robô. E o projeto já é tão bem sucedido que uma empresa britânica de brinquedos viu os vídeos do projeto, e planeja lançar uma versão menor do robô para comercialização.
Pistola laser feita em casa:
m grande fã de ficção científica não quis esperar a evolução das armas e construiu a sua própria arma laser, “quase” igual aos filmes e séries que tanto agradam ao público nerd. Ela demora cerca de 4 segundos para carregar os capacitores, depois disso, pode disparar um intenso pulso de luz infravermelha, invisível ao olho humano, de 1064nm. A DIY Pulse Laser Gun foi criada por Patrick Priebe, o mesmo sujeito da luva do Homem de Ferro.
O disparo dura em torno de 100ns, velocidade esta que é impossível de ser registrada por câmeras filmadoras normais. O alcance efetivo é de 3 metros, e deste modo, ela pode perfurar isopor e até plásticos de 5mm, desde que bem focalizado.
Patrick afirmou que produzirá uma segunda versão para vender. Na construção da primeira DIY Pulse Laser Gun, ele levou cerca de 70 horas e usou materiais como alumínio, latão, vidro tipo Plexi, entre outros.
Se você for louco o suficiente para reproduzir essa pistola em casa, o dono do vídeo já alerta: não aponte-a para humanos ou animais, nem atire contra superfícies que refletem. E sempre utilize um óculos protetor. Mas a melhor orientação é: não repita isso em casa.
O disparo dura em torno de 100ns, velocidade esta que é impossível de ser registrada por câmeras filmadoras normais. O alcance efetivo é de 3 metros, e deste modo, ela pode perfurar isopor e até plásticos de 5mm, desde que bem focalizado.
Patrick afirmou que produzirá uma segunda versão para vender. Na construção da primeira DIY Pulse Laser Gun, ele levou cerca de 70 horas e usou materiais como alumínio, latão, vidro tipo Plexi, entre outros.
Se você for louco o suficiente para reproduzir essa pistola em casa, o dono do vídeo já alerta: não aponte-a para humanos ou animais, nem atire contra superfícies que refletem. E sempre utilize um óculos protetor. Mas a melhor orientação é: não repita isso em casa.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Segundo Sol Filmado na China:
Um Jornal Chinês afirmou que foi entregue a eles, dia 02/03/2011, um Vídeo, filmado por um Homem que afirma ter visto dois sóis na tarde do mesmo dia. ”O Homem diz” O sol parece estar refletido nas nuvens, para causar uma ilusão de óptica, mas o homem que levou este vídeo, insiste que ele avistou dois sóis. ”O homem entrevistado,” Eu sei que isso soa absurdo, mas quando eu estava filmando a minha família, eu vi dois sóis entre as nuvens e filmaram. Eu não sei mais como explicar isso. ”
terça-feira, 8 de março de 2011
Obras obrigam caranguejo-gigante 'crabzilla' a se mudar na Holanda:
O 'crabzilla', um caranguejo gigante, é transferido nesta terça-feira (8) do centro de vida marinha Sea Life, na cidade holandesa de Scheveninger. Ele deixou seu aquário por causa de obras no local e vai ficar em outro Sea Life próximo a Paris. O crabzilla foi achado em 2009 próximo ao litoral do Japão.
domingo, 6 de março de 2011
Estranha criatura encontrada na Russia:
Uma estranha criatura foi encontrada nos lagos subterrâneos da Russia, e está intrigando muita gente pela Web. Muitos dizem que a criatura parece ser semelhante as do filme "Alien".
O animal teria sido identificado como da família dos Notostráceos. A dita espécie foi descoberta à pouco tempo e pelos relatos é extremamente agressiva.
O animal mede poucos centímetros, porém segundo relato de diversas testemunhas, foram avistados alguns destes com cerca de 1 metro e meio de comprimento.
O animal teria sido identificado como da família dos Notostráceos. A dita espécie foi descoberta à pouco tempo e pelos relatos é extremamente agressiva.
O animal mede poucos centímetros, porém segundo relato de diversas testemunhas, foram avistados alguns destes com cerca de 1 metro e meio de comprimento.
'Flecha negra' e outros 'super-heróis' patrulham ruas da Inglaterra:
Depois do executivo de banco que virou 'super-herói' e ajuda combater o crime em Birmingham, o jornal inglês "The Sun" descobriu, pelo menos, 16 "heróis" da vida real na Inglaterra. O grupo conta, inclusive, com uma mulher, a "Flecha Negra", que se dedica a salvar animais de estimação de abusos. Ela esconde sua identidade com uma máscara.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Analizando o Cisne Negro e o Coringa:
O filme começa com um sonho de Nina (interpretada por Natalie Portman): ela fazia o papel principal no balé “O Lago dos Cisnes”. O sonho tinha um ar sombrio, e lá aparecia Rothbart, um mago que se apresentava como uma ave negra. Talvez um verdadeiro prenúncio psíquico do processo de transformação (individuação*) que a bailarina viveria. No sonho ela é uma mulher que foi transformada em um cisne, e que só o amor do príncipe poderia quebrar esse feitiço. Mas o príncipe se apaixona pelo cisne negro, e então o cisne branco se mata.
E essa acaba sendo a história do filme. Mas o que eu gostaria de colocar aqui é que a beleza dessa história aparece quando vemos seu desenrolar não como algo concreto e externo, mas sim como um processo psicológico que vai se apresentando através de símbolos.
No mesmo dia em que teve o sonho ela vai a companhia de Ballet. No caminho, muito sutilmente, podemos perceber que ela vê seu reflexo na janela do metrô de uma forma diferente. Nesse momento vemos a projeção de sua sombra* em sua imagem, como se fosse outra pessoa.
Nina demonstra um comportamento infantil, inocente, é muito ligada à mãe (e a seus desejos) e perfeccionista. A mãe é superprotetora, uma ex-dançarina que deixou o sonho de tornar-se uma bailarina famosa quando sua filha Nina nasceu. Por aí já percebemos o quanto a personagem principal vive em função dos desejos da mãe. Ela é a representação da busca pela perfeição.
A personagem tem um andar rígido. Ao chegar no ballet fica sabendo que o diretor Thomas (Vincent Cassel) fará uma versão de “O Lago dos Cisnes” e que procura uma bailarina que seja capaz de representar o cisne branco e o cisne negro. Nessa versão ele almeja uma execução visceral.
Nina é uma bailarina com muita técnica, disciplina, mas com pouca espontaneidade e sensualidade. Thomas sabe que ela seria certa para o papel do cisne branco, mas duvida de sua capacidade para fazer o cisne negro, justamente por sua atitude engessada e infantil.
Depois dos testes, a bailarina vai conversar com o diretor, e esse sempre a provoca, inclusive sexualmente, para que sua aluna desenvolva as características que estão em sua sombra – sensualidade, agressividade, espontaneidade – enfim, o lado visceral que Thomas quer apresentar em sua montagem de “O lago dos cisnes”. Nina nessa conversa é beijada “a força” pelo diretor e o morde nos lábios. E é essa atitude que lhe garante o papel principal. É como se nesse momento Thomas tivesse enxergado em Nina um pouco daquilo que ele buscava.
Os ensaios começam. A personagem é pressionada fisicamente e emocionalmente pelo diretor, por sua mãe superprotetora, pelas colegas com inveja e pela presença de sua rival – uma bailarina excitante e visceral – interpretada por Mila Kunis. Em suas costas a pele vai sendo marcada (provavelmente por ela mesma) no lugar do crescimento de suas “futuras asas”. A pele tem toda uma questão com o contato. É um órgão que expressa nossas angústias e transformações.
A personagem de Mila Kunis é aquilo que Nina não é. É a personificação de sua sombra. E é se aproximando dessa rival durante uma noite que Nina vai experimentando a integração de sua sombra. Ela vai se despojando de sua persona* perfeitinha para ser aquilo que é. Rompe com a mãe, transgride o “politicamente correto”, vive sua sexualidade, e vai se tornando uma mulher. Em uma cena as duas bailarinas transam – no delírio de Nina – e simbolicamente esse seria o momento da consumação da integração com a sombra.
Nessa altura do filme a personagem parece estar perdendo sua capacidade de discernir realidade de fantasia. Concretamente seria como se a bailarina estivesse entrando em um quadro psicótico. Simbolicamente sua transformação está a mil, seus aspectos sombrios lhe trazem força, e seu animus* (representado pelo diretor do Ballet) lhe impulsiona para tornar-se inteira.
Durante a noite de estréia Nina vive entre a realidade e a fantasia. Sua execução é perfeita e ousada, é como se encarnasse nos palcos tanto o cisne negro quanto o cisne branco. Em seu delírio seu corpo vai se transformando, adquirindo asas no lugar de braços, penas, olhos, enfim, ela é o cisne. E no final da apresentação, quando o cisne branco sobe as escadas para se matar vemos um disco dourado ao fundo – símbolo do self* – e ali se expressa o momento mais lindo de todos. A morte do ego, o encontro com o self e a percepção da personagem de que sim, ela foi perfeita. Essa morte quando é vista como algo simbólico se torna algo divino, lindo, o próprio amor que salva… ali seu inconsciente se realizou.
A perfeição não está em desempenhar perfeitamente um papel. A perfeição é ser inteiramente aquilo que se é. Lembrem-se: só podemos crescer para o lado que ainda não fomos. Essa é uma história sobre transcender o meramente humano.
O filme trabalha muito com as cores atribuídas ao processo de individuação também: o preto (nigredo) que simboliza o estado de confusão, o branco (albedo) que representa um estado de maior clareza da psique e o vermelho (rubedo) que aparece na cena final, com o sangue da bailarina, que representa o estado de iluminação e realização da psique.
Pode -se criar um paralelo entre o filme e o que houve com Heath Ledger ao viver o Coringa em Batman - O Cavaleiro das Trevas. Heath foi perfeito, abraçou sua sombra a ponto de car vida própria ao personagem, deixando que o Coringa em certo ponto tomasse posse de parte de sua mente. O grande diferencial veio ao tentar se livrar do personagem (sombra) criando um conflito mental do qual ele não pode escapar. Ao se buscar a perfeição do personagem, Heath se viu preso em sua propria armadilha.
Termos:
* individuação: processo de desenvolvimento psíquico, que diz respeito à integração do consciente com o inconsciente. É quase como se fosse um caminho para a iluminação.
* sombra: personificação de aspectos do psiquismo que são rejeitados pelo indivíduo. É aquilo que somos e que não combina com a persona.
* persona: é a forma como nos apresentamos ao mundo. Podemos dizer que é um personagem, mas nem sempre temos a consciência de que somos mais do que papéis.
* animus: personificação masculina na mulher, faz a ponte entre o ego e o self.
* self: centro organizador da psique, representa a totalidade e a unidade do ser.
Clipe "Call my Name" com tema Projeção Astral:
O ROTEIRO
Vemos a saída do corpo, a confusão de imagens sobrepostas, alternando realidade extrafísica com sonhos (onirismos). Se você pausar o filme vai notar detalhes como os sinais dos 7 chakras aparecendo rapidamente na tela ao "descolar" do corpo, e um grande "OM" (1) que aparece ao completar a projeção astral.
Em certo ponto a mulher anda pela casa e vê um homem dormindo (com seu duplo etérico flutuando inconsciente em cima do corpo pra captar energia do prana, exatamente como todos nós que não somos projetores conscientes fazemos ao dormir) e um obsessor sugando a energia dele (3) de canudinho! Hehehe (essa é uma piadinha clássica lá na lista Voadores). Portanto cuidado com o equilíbrio energético da sua casa, e principalmente do seu quarto!
Então o obsessor a vê e começa a persegui-la (4). As paredes da casa se racham com a força do pensamento dele. Obviamente isso não aconteceu na casa de verdade, e sim com o molde etéreo dela.
Cada coisa na Terra tem sua contraparte espiritual (é algo que a ciência PODE estar começando a descobrir com a teoria da matéria negra, que é invisível, intangível, mas é algo que matematicamente compõe 90% de todo o universo!) que, por ser feita de matéria menos densa (mais maleável ao pensamento) é facilmente manipulável.
Bem, voltando ao roteiro do clipe, vemos a nossa personagem numa festa tipo "inferninho". Vemos um cara bebendo (5), e só quando ele cai de porre o obsessor sai de dentro dele, pois estava o tempo todo acoplado aos seus centros de energia, absorvendo os fluidos da bebida. É exatamente assim que ocorre. Vemos uma mulher desencarnada nua no sofá (6), tentando atrair gente pra aquele lugar, onde ela poderá induzi-los a pensamentos mais "quentes" pra experimentar com eles as energias sensuais.
Ela vê criaturas disformes, com pálido reflexo de humanidade (O Gollum, de Tolkien, com certeza foi inspirado nestes seres umbralinos, que vão corrompendo seu molde extrafísico ao se alimentar de energias grosseiras até se tornar algo que lembra vagamente um humano) que mais parecem saídas de um clipe de Marilyn Manson.
Por fim, ela se vê encurralada pelo obsessor. Mas aparece a ajuda extrafísica (7). Provavelmente o amparador dela, que repele a entidade trevosa com uma rajada de luz, que é o equivalente astral a um passe (imposição de mãos). Essa é uma arma muito usada pelos espíritos "do bem", pois se emana uma energia de alta vibração, com boa intenção (se fosse com a intenção de destruir, certamente a energia baixaria de padrão vibracional) mas que, em contato com ser que está num nível grosseiro de vibração, acaba funcionando como um balde de água fria em alguém que acabou de tomar um banho quente. Alguns obsessores desmaiam, outros ficam desorientados e correm, e nisso o "disfarce" deles, mantido pelo poder do pensamento, desaparece e vê-se quem ele realmente é... Ou seja, nos planos extrafísicos, na luta contra o ódio, a maior arma é o amor! Gandhi estava mais que certo quando disse que "A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem" ou Buda, quando disse que "O ódio não destrói o ódio, só o amor destrói o ódio. Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere".
No final do clipe, o guia irradia energia na direção da garota pra ela acordar (Já pra casa, menina!!). Hehehehe.
Veja o vídeo aqui:
Vemos a saída do corpo, a confusão de imagens sobrepostas, alternando realidade extrafísica com sonhos (onirismos). Se você pausar o filme vai notar detalhes como os sinais dos 7 chakras aparecendo rapidamente na tela ao "descolar" do corpo, e um grande "OM" (1) que aparece ao completar a projeção astral.
Em certo ponto a mulher anda pela casa e vê um homem dormindo (com seu duplo etérico flutuando inconsciente em cima do corpo pra captar energia do prana, exatamente como todos nós que não somos projetores conscientes fazemos ao dormir) e um obsessor sugando a energia dele (3) de canudinho! Hehehe (essa é uma piadinha clássica lá na lista Voadores). Portanto cuidado com o equilíbrio energético da sua casa, e principalmente do seu quarto!
Então o obsessor a vê e começa a persegui-la (4). As paredes da casa se racham com a força do pensamento dele. Obviamente isso não aconteceu na casa de verdade, e sim com o molde etéreo dela.
Cada coisa na Terra tem sua contraparte espiritual (é algo que a ciência PODE estar começando a descobrir com a teoria da matéria negra, que é invisível, intangível, mas é algo que matematicamente compõe 90% de todo o universo!) que, por ser feita de matéria menos densa (mais maleável ao pensamento) é facilmente manipulável.
Bem, voltando ao roteiro do clipe, vemos a nossa personagem numa festa tipo "inferninho". Vemos um cara bebendo (5), e só quando ele cai de porre o obsessor sai de dentro dele, pois estava o tempo todo acoplado aos seus centros de energia, absorvendo os fluidos da bebida. É exatamente assim que ocorre. Vemos uma mulher desencarnada nua no sofá (6), tentando atrair gente pra aquele lugar, onde ela poderá induzi-los a pensamentos mais "quentes" pra experimentar com eles as energias sensuais.
Ela vê criaturas disformes, com pálido reflexo de humanidade (O Gollum, de Tolkien, com certeza foi inspirado nestes seres umbralinos, que vão corrompendo seu molde extrafísico ao se alimentar de energias grosseiras até se tornar algo que lembra vagamente um humano) que mais parecem saídas de um clipe de Marilyn Manson.
Por fim, ela se vê encurralada pelo obsessor. Mas aparece a ajuda extrafísica (7). Provavelmente o amparador dela, que repele a entidade trevosa com uma rajada de luz, que é o equivalente astral a um passe (imposição de mãos). Essa é uma arma muito usada pelos espíritos "do bem", pois se emana uma energia de alta vibração, com boa intenção (se fosse com a intenção de destruir, certamente a energia baixaria de padrão vibracional) mas que, em contato com ser que está num nível grosseiro de vibração, acaba funcionando como um balde de água fria em alguém que acabou de tomar um banho quente. Alguns obsessores desmaiam, outros ficam desorientados e correm, e nisso o "disfarce" deles, mantido pelo poder do pensamento, desaparece e vê-se quem ele realmente é... Ou seja, nos planos extrafísicos, na luta contra o ódio, a maior arma é o amor! Gandhi estava mais que certo quando disse que "A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem" ou Buda, quando disse que "O ódio não destrói o ódio, só o amor destrói o ódio. Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere".
No final do clipe, o guia irradia energia na direção da garota pra ela acordar (Já pra casa, menina!!). Hehehehe.
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